segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

ESCLARECIMENTO SOBRE OPRESSÃO E POSSESSÃO DEMONÍACA


ESCLARECIMENTO SOBRE OPRESSÃO E POSSESSÃO DEMONÍACA

Pergunta: "O que a Bíblia diz sobre a opressão demoníaca?"

Resposta: Há evidência bíblica forte de que um cristão não pode ser possuído por demônios. Surge então à questão sobre qual influência/poder um demônio pode exercer sobre um cristão. Muitos professores bíblicos descrevem a influência demoníaca sobre um cristão como "opressão demoníaca" para diferenciá-la da possessão.

A Bíblia diz que o diabo procura devorar os crentes (1 Pedro 5:8), e que Satanás e seus demônios preparam "ciladas" contra os cristãos (Efésios 6:11). Assim como Satanás se esforçou com Jesus (Lucas 4:2), as forças demoníacas nos tentam para o pecado e se opõem a nossos esforços para obedecer a Deus.


A opressão resulta do cristão permitindo que os demônios sucedam nesses ataques. A opressão demoníaca é o resultado de quando um demônio é temporariamente vitorioso sobre um cristão – tentando-o a pecar e dificultando a sua capacidade de servir a Deus com um forte testemunho. Se um cristão continua a permitir a opressão demoníaca em sua vida, a opressão pode aumentar a tal ponto que o demônio tem uma influência muito forte sobre os seus pensamentos, comportamento e espiritualidade. Os cristãos que permitem o pecado contínuo se abrem para uma opressão cada vez maior. Confissão e arrependimento dos pecados são necessários para restaurar a comunhão com Deus, o qual pode, então, quebrar o poder de influência demoníaca. O apóstolo João nos dá um grande incentivo nesta área: "Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não vive pecando; antes o guarda aquele que nasceu de Deus, e o Maligno não lhe toca" (1 João 5:18).

Para o cristão, o poder para a vitória e liberdade da opressão demoníaca está sempre disponível. João declara: "Porque maior é aquele que está em vós do que aquele que está no mundo" (1 João 4:4). O poder do Espírito Santo que habita (Romanos 8:9) está sempre disponível para superar a opressão demoníaca. Nenhum demônio, nem mesmo o próprio Satanás, pode impedir o cristão de render-se ao Espírito Santo e, assim, superar toda e qualquer opressão demoníaca.


Pedro encoraja os crentes a resistir ao diabo "firmes na fé" (1 Pedro 5:9). Ser firme e perseverante na fé significa confiar no poder do Espírito Santo para resistir com êxito à influência demoníaca. A fé é construída através das disciplinas espirituais de alimentação da Palavra de Deus, da oração persistente e na comunhão divina. Fortalecer a nossa fé por esses meios nos permite colocar o escudo da fé com o qual podemos "apagar todos os dardos inflamados do Maligno" (Efésios 6:16).

Possessão ou possessão demoníaca é, de acordo com muitos sistemas de crença, o controle de um indivíduo por um ser maligno ou sobrenatural. Descrições de possessões demoníacas normalmente incluem o prejudicamento da saúde, a mudança de comportamento e, muitas vezes, memórias ou personalidades do subjugado apagadas, junto a convulsões e desmaios como se a pessoa estivesse morrendo.  Outras descrições incluem o acesso ao conhecimento oculto (gnosis) e línguas estrangeiras (glossolalia), mudanças drásticas na entonação vocal e estrutura facial, o súbito aparecimento de lesões (arranhões, marcas de mordida) ou lesões e força sobre-humana. Ao contrário da canalização mediúnica ou outras formas de possessão, o indivíduo não tem controle sobre a suposta entidade que o possui e por isso permanece nesse estado até que a entidade seja forçada a deixar a vítima, normalmente através de um exorcismo.

                Muitas culturas e religiões contêm algum conceito de possessão demoníaca, mas os detalhes variam consideravelmente. As mais antigas referências à possessão demoníaca vêm dos sumérios, que acreditavam que todas as doenças do corpo e da mente eram causadas ​​por "demônios de doenças" chamados gidim ou gid-dim.  Os sacerdotes que praticavam exorcismos nessas nações eram chamados de ashipu (feiticeiro) em oposição a um asu (médico), que aplicava bandagens e pomadas.  Muitas tábuas cuneiformes contêm orações para certos deuses pedindo proteção contra os demônios, enquanto outras pedem aos deuses para expulsar os demônios que invadiram seus corpos.



Culturas Xamânicas: “O Xamanismo é uma prática ancestral, tão remota quanto a consciência do Homem. Embora muitos pensem que o xamã é uma figura indígena, e os índios tenham realmente preservado esta tradição, ela remonta ao período em que os homens viviam nas cavernas, na Era Paleolítica. A cultura xamânica abrange a práxis medicinal, mágica, religiosa e filosófica. Seu exercício engloba atos de cura, estados de transe, transformações e interação entre os corpos dos participantes e espíritos, tanto dos xamãs quanto de criaturas míticas, de animais, de pessoas que já morreram, entre outras.”

 Também acreditam em possessões demoníacas e os xamãs realizam os exorcismos. Nessas culturas, as doenças são muitas vezes atribuídas à presença de um espírito vingativo (ou raramente chamado de demônio) no corpo do paciente. Estes espíritos eram mais frequentemente descritos como espectros de animais ou pessoas injustiçadas pelo portador, os ritos de exorcismo geralmente eram compostos de ofertas respeitosas ou ofertas de sacrifício.


O cristianismo afirma que a posse deriva do Diabo, ou seja, Satanás, ou de um de seus demônios. Em muitos sistemas de crença cristãos, Satanás e seus demônios são descritos como anjos caídos.  Os mais suscetíveis de serem possuídos são pessoas com limites fracos e baixa autoestima, o que para céticos acerca da possessão aponta para o envolvimento do ego disfuncional em manifestações deste fenômeno, em vez de reais entidades externas.


A Bíblia apresenta vários casos de possessão demoníaca, no Novo Testamento. O Evangelho relata frequentemente episódios em que Jesus Cristo expulsa o demónio de pessoas possuídas, tendo esse poder sido transmitido aos seus apóstolos, no dia da Ascensão.  

O Ritual do Exorcismo é um sacramental da Igreja Católica que é administrado por um Padre Exorcista, designado pelo Bispo, para libertar pessoas e coisas da possessão. A causa da possessão demoníaca em pessoas está associada a situações de malefícios realizados contra estas, mau-olhado, participação em rituais de ocultismo, prática de reiki, adivinhação, tarô, magia, etc., bem como idolatria do sexo e vida em pecado mortal.

Visão científica
A possessão demoníaca não é um diagnóstico psiquiátrico ou médico válido e reconhecido pelo DSM-IV, sendo "reconhecido" pelo CID-10: item F44. 3 (Estados de transe e de possessão) - "Transtornos caracterizados por uma perda transitória da consciência de sua própria identidade, associada a uma conservação perfeita da consciência do meio ambiente. Devem aqui ser incluídos somente os estados de transe involuntários e não desejados, excluídos aqueles de situações admitidas no contexto cultural ou religioso do sujeito." (Grifo nosso).

Aqueles que professam a crença em possessões demoníacas por vezes descrevem sintomas que são comuns a várias doenças mentais, como:  histeria, mania, psicose, síndrome de Tourette, epilepsia, esquizofrenia ou transtorno dissociativo de identidade.  Em casos de transtorno dissociativo de identidade em que a personalidade é questionada quanto à sua identidade, 29% são relatados como possessões de demônios.  Além disso, há uma forma de monomania denominada "demoniomania" ou "demonopatia" em que o paciente acredita que está possuído por um ou mais demônios.


A ilusão de que o exorcismo funciona em pessoas com sintomas de possessão é atribuída por alguns ao efeito placebo “Placebo é toda e qualquer substância sem propriedades farmacológicas, administrada a pessoas ou grupo de pessoas como se tivesse propriedades terapêuticas. A palavra placebo vem do latim placere, que significa "agradar”. No início, o termo placebo era atribuído apenas a produtos para uso oral ou injetável, como comprimidos de açúcar ou farinha e soro fisiológico, por exemplo. De fato, placebo já foi definido como qualquer medicamento dado ao paciente mais com o intuito de agradar do que beneficiar. Atualmente, o conceito de placebo é muito mais amplo e estende-se também a outras formas de interferências físicas ou procedimentos, como ultrassom, aplicação de pomadas e até benzimentos e ao poder da sugestão.
 Algumas pessoas supostamente possuídas são realmente narcisistas ou sofrem de baixa autoestima e agem como uma "pessoa possuída por um demônio" com o propósito de ganhar atenção.

Historicamente, a possessão demoníaca era considerada a causa da loucura.  Um dos livros embora um clássico documento, relegado a segundo plano por sua opção religiosa sobre o tema é "A Loucura sob novo prisma" do médico homeopata e cirurgião, espírita, Bezerra de Menezes (1831 — 1900). No desenvolvimento da psiquiatra no Brasil esse tema também foi abordado, sobretudo pela escola baiana, entre outros), sobretudo por Nina Rodrigues (1862 — 1906) que apesar da carga de preconceitos e patologização de manifestações religiosas (interpretando estas como manifestações epilépticas ou histéricas) conseguiu reunir e produzir considerável material etnográfico sobre as religiões africanas tendo como continuadores vultos como Estácio de Lima (1897 — 1984), Arthur Ramos (1903 -1949) entre outros.

A interpretação psicanalítica inaugurou uma forma de estudo até hoje válida, na perspectiva da relação entre o conteúdo religioso e manifestações criminosas. Pode-se tomar como marco dessa abordagem o trabalho de Sigmund Freud “Uma neurose demoníaca do século XVII” (1922). [15]

Hoje em dia considera-se que a maioria dos casos de possessão demoníaca são distúrbios sociológicos, e não patológicos.  Dalgalarrondo em estudo de revisão de trabalhos publicados desde o final do século XIX sobre messianismo, "loucura religiosa" e trabalhos contemporâneos relacionando religião, uso de álcool e drogas, além de algumas condições clínicas (esquizofrenia e suicídio), refere-se à ausência de uma linha de pesquisa que proporcione uma melhor articulação entre investigação empírica e análise teórica dos dados, assim como um diálogo mais próximo da psiquiatria com ciências sociais, como a antropologia e a sociologia da religião para um maior avanço nesta área.


Espero que este estudo possa de alguma forma ajudar a esclarecer suas dúvidas sobre opressão e possessão demoníaca...um forte abraço.

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