quinta-feira, 18 de junho de 2020

O Que é o Dom de Discernimento de Espíritos?



O Que é o Dom de Discernimento de Espíritos?


O homem não natural não compreende e não pode discernir as coisas espirituais (1 Coríntios 2:14).

 Discernimento de espíritos é um dos dons que o Espírito Santo concede aos crentes. O dom de discernimento espiritual é fundamental na vida da Igreja, pois protege a comunidade cristã do perigo do engano.

 

A palavra “discernimento” é usada para traduzir o termo grego diakrisis, que significa “julgamento”, “discernimento”, “distinção”. Originalmente esse termo é usado somente em duas outras passagens bíblicas no Novo Testamento (Romanos 14:1; Hebreus 5:14).

 

O dom de discernimento de espíritos aparece na lista de dons do Espírito Santo registrada por Paulo de Tarso aos escrever aos crentes de Corinto. O texto bíblico diz: “Porque a um é dada, mediante o Espírito, a palavra de sabedoria; e a outro, segundo o mesmo Espírito, a palavra do conhecimento; a outro, no mesmo Espírito, a fé; e a outro, no mesmo Espírito, dons de curar; a outro, operações de milagres; a outro, profecia; a outro, discernimento de espíritos; a um, variedade de línguas; e a outro, capacidade para interpretá-las” (1 Coríntios 12:8-10).

 

Por que o dom de discernir espíritos é imprescindível?


Satanás é o maior enganador que existe e não há qualquer verdade nele. O Senhor Jesus Cristo diz que o diabo é o pai da mentira (João 8:44). Ele tem atuado desde o princípio da história humana com a finalidade de perverter a verdade de Deus e semear o engano e a mentira no coração do homem. Gênesis 3 revela como Satanás enganou Eva ao distorcer a mensagem de Deus (Gênesis 3:1-5; cf. Gênesis 2:16,17). Obviamente faltou discernimento a Adão e Eva e eles abraçaram a mentira de Satanás.

 

Então diante de um inimigo tão astuto assim, o dom de discernir espíritos é muito importante. O apóstolo Paulo escreve que Satanás se disfarça de anjo luz com o objetivo de enganar (2 Coríntios 11:14). Ele e seus demônios procuram falsificar a mensagem de Deus e Sua obra. Para tanto, ele possui servos nesta terra que são agentes do engano e promotores da mentira.

 

Essas pessoas são chamadas na Bíblia de falsos mestres, falsos profetas e obreiros enganosos. O apóstolo Paulo diz que essas pessoas fingem ser servos da justiça, mas chegará o dia em que elas receberam o justo castigo por suas ações (2 Coríntios 11:13-15). Mas por enquanto, o crente deve buscar do Espírito Santo o dom de discernimento de espíritos para não considerar como verdade mensagens, sinais e manifestações fraudulentas.

 

No contexto de 1 Coríntios 12:10, o uso do dom de discernimento espiritual significa justamente a habilidade concedida pelo Espírito de Deus através da qual o crente é capaz de julgar se alguém fala ou age pelo Espírito Santo ou por um espírito falso e enganador.

 

Para os crentes de Corinto, por exemplo, o dom de discernimento de espíritos seria muito útil na edificação da comunidade cristã como um todo; pois fazendo uso desse dom as supostas manifestações espirituais que ocorriam ali poderiam ser validadas ou reprovadas. Os crentes coríntios que tinham o dom de discernimento de espíritos seriam capazes de avaliar se realmente era pelo Espírito Santo que determinadas pessoas falavam em línguas, profetizavam, e até operavam sinais.

 Exemplos do dom de discernimento de espíritos na Bíblia

Há várias passagens bíblicas que mostram o dom de discernimento espiritual em prática. O apóstolo Pedro, por exemplo, exerceu o dom de discernimento espiritual ao identificar o comportamento enganador de Ananias e Safira (Atos 5:3).

 

Mais tarde, o apóstolo Paulo, pelo poder do Espírito Santo, usou o dom de discernimento de espíritos quando reconheceu que Elimas era um filho do diabo que agia com toda espécie de engano e maldade. Aquele homem era inimigo de tudo que é justo e um perturbador dos retos caminhos do Senhor (Atos 13:10).

 

Depois, o mesmo apóstolo mais uma vez soube identificar que as palavras proferidas por uma jovem escrava na cidade de Filipos tinham origem num espírito mau. Aquela jovem estava possessa de um espírito adivinhador (Atos 16:16,17). Esse episódio é muito útil para entender a importância do uso do dom de discernimento de espíritos. A jovem possessa gritava que Paulo e Silas eram servos do Deus altíssimo e proclamadores do caminho da salvação.

 

Nesse ponto, de fato, aquela era uma informação correta. O problema era que na boca daquela jovem possessa aquelas palavras era um ataque de Satanás para tentar diminuir a eficácia do ministério dos missionários cristãos. Se Paulo não tivesse discernido os espíritos naquela ocasião, ele teria dado crédito à mensagem da moça e validado sua atividade de adivinhação perante os habitantes daquele lugar.

 

Por fim, também podemos citar como um exemplo de discernimento de espíritos na Bíblia a ocasião em que Jesus discerniu que Satanás estava falando pela boca de Pedro ao tentar desviá-lo do caminho da cruz (Mateus 16:23).

 

O uso do dom de discernimento espiritual

O apóstolo João exorta o cristão a não acreditar em qualquer espírito, mas examinar e provar os espíritos para saber se eles procedem de Deus. Isto é necessário porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo (1 João 4:1).

 

O escritor de Hebreus escreve que é pelo conhecimento das Escrituras, e seu exercício constante, que o crente maduro torna-se apto para discernir tanto o bem quanto o mal (Hebreus 5:14). Então nesse sentido, todo cristão verdadeiro deve ter discernimento espiritual pelo estudo da Palavra de Deus. O homem não natural não compreende e não pode discernir as coisas espirituais (1 Coríntios 2:14).


Mas com base no texto de 1 Coríntios 12:10, também parece que algumas pessoas ainda recebem uma habilidade mais específica da parte do Espírito Santo para discernir os espíritos. Essas pessoas possuem uma capacitação especial dada pelo Senhor para reconhecer os espíritos mentirosos e apontar as doutrinas enganosas que tentam destruir a Igreja. 

Além disso, em certos aspectos o uso do dom de discernimento de espíritos mudou desde o tempo dos apóstolos. Isso porque o contexto naquela época era outro. As Escrituras ainda estavam sendo produzidas, e os crentes tinham que saber identificar se uma nova profecia era inspirada por Deus e deveria ser identificada como Escritura.

 

Hoje, a Palavra de Deus já foi completamente revelada; mas o dom de discernimento de espíritos continua sendo importante para a saúde da doutrina da Igreja. J. MacArthur diz que essas pessoas são as sentinelas que protegem a comunidade cristã das mentiras demoníacas, falsas doutrinas, cultos pervertidos e manifestações carnais.

 

Mas engana-se quem pensa que essas pessoas agem como um tipo de sensor de detecção de espíritos mentirosos. O juízo que essas pessoas fazem é fundamento na Palavra de Deus. Elas são pessoas tão experimentadas nas Escrituras que imediatamente conseguem avaliar se algo vem da parte do Espírito de Deus ou não. As pessoas que possuem o dom de discernimento de espíritos expõem a verdade da Palavra para desmascarar a mentira.




terça-feira, 9 de junho de 2020

APALAVRA PROFERIDA POR DEUS



Deus trabalha com três elementos: tempo, promessa e fidelidade.

A fidelidade de Deus é o tema central de toda a Bíblia. Ele mantém-se sempre fiel à sua promessa e não se subtrai nunca. Ele estabelece tempos na trajetória de nossas vidas para cumprir aquelas coisas que destinou a nós. Quando Ele age assim, o atributo de sua personalidade que fica mais transparente é a fidelidade.

Texto base: Jr. 1: 11-12
“ E a palavra do Senhor veio a mim: "O que você vê, Jeremias?" Vejo o ramo de uma amendoeira, respondi. O Senhor me disse: "Você viu bem, pois estou vigiando para que a minha palavra se cumpra".

Tem outras verdades relevantes neste texto. Se a amendoeira espera a parte final do inverno para começar a brotar indicando a chegada da primavera, Deus também espera o tempo adequado para cumprir suas promessas iniciando um novo tempo em nossas vidas. Portanto, é evidente que Deus trabalha com três elementos: tempo, promessa e fidelidade. Outro fato interessante é que Deus usa uma linguagem profética simbólica, ou seja, Ele usa um símbolo (a vara de amendoeira) para deixar uma mensagem clara para o profeta: Eu cumpro o que prometo! Eu sou fiel! Eu estou atento as mudanças de tempos e estações! Eu estou pronto para agir no tempo que Eu determinei!

QUAL DEVER SER A NOSSA POSTURA DIANTE DA PALAVRA DE DEUS?

Deus não dorme, é vigilante e cumpre sua palavra! E também se Deus é vigilante como a amendoeira, nós também devemos ser vigilantes como Ele. Devemos vigiar nossas atitudes, vigiar contra o pecado, vigiar o que falamos e vigiar para não cairmos nas armadilhas do inimigo.

"Se os seus filhos abandonarem a minha lei
e não seguirem as minhas ordenanças, se violarem os meus decretos
e deixarem de obedecer aos meus mandamentos, com a vara castigarei o seu pecado,
e a sua iniquidade com açoites; mas não afastarei dele o meu amor;
jamais desistirei da minha fidelidade. Não violarei a minha aliança
nem modificarei as promessas dos meus lábios.
Salmos 89:30-34

Jesus respondeu: "Está escrito: 'Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus'".
Mateus 4:4
Guardei no coração a tua palavra
para não pecar contra ti.
Salmos 119:11


Há outra mensagem fortíssima nesta passagem: a palavra de Deus irá se cumprir, quer os adversários de Deus e de Jeremias queiram, quer não. Portanto, o profeta não deveria se intimidar com o fato de se sentir inadequado para a missão que recebeu. Quem iria realizar a obra era Deus! Quem iria guardar o profeta era Deus! Quem iria cumprir totalmente aquilo que havia dito era Deus!

Finalmente, a mensagem que ecoa deste trecho das Escrituras é: não tenha medo de fazer a obra de Deus, pois nosso trabalho não será vão. Ele está conosco, Ele não vai falhar e vai nos guardar para chegarmos a salvo em seu Reino Celestial! Aleluia! Maranata! Ora vem Senhor Jesus!