segunda-feira, 11 de novembro de 2019

POR QUE DEVEMOS ORAR?



O Que é Oração?

A oração é o diálogo do crente para com Deus. Isso significa que orar é basicamente falar com Deus. Se Deus fala conosco através das Escrituras, nós falamos com Ele através da oração. Então a oração é uma parte fundamental do nosso relacionamento com o Senhor. Através da oração, sob a base dos méritos de Cristo, nós podemos ter uma vida de comunhão com Deus. O verdadeiro cristão entende que a oração deve ser uma prática constante durante toda sua vida.

O que a Bíblia diz sobre a oração?

Do começo ao fim a Bíblia destaca a prática e a importância da oração. Logo nos primeiros capítulos do primeiro livro da Bíblia, lemos sobre como o Senhor começou a ser invocado na descendência de Sete (Gênesis 4:26). Esse padrão segue por toda narrativa bíblica até o seu último livro, onde lemos sobre como a oração dos santos sobem como incenso diante do trono de Deus (Apocalipse 5:8; 8:3,4).

COMO DEVEMOS ORAR?



A Bíblia não traz um regulamento acerca de uma postura física específica que deve ser adotada na oração. Nos tempos bíblicos, na maioria das vezes as orações eram feitas em pé (cf. 1 Samuel 1:26). Mas em certas ocasiões as pessoas também oravam ajoelhadas, prostradas, com as mãos estendidas ou levantadas (cf. 1 Reis 8:22-54; 18:42; Salmos 63:4; Isaías 1:15; Daniel 6:10).

Mas se a Bíblia não procura colocar ênfase na regulamentação de uma postura física para a oração, por outro lado ela enfatiza qual deve ser o espírito correto ao orar. A oração deve ser feita, antes de tudo, com fé. Se orar é falar com Deus, obviamente é necessário que haja fé e confiança em Deus por parte daquele que ora (Jeremias 29:12-14; Hebreus 3:12; 11:6; Tiago 1:5-8; 5:15).


Na oração correta também não há espaço para a hipocrisia e soberba. Na verdade a genuína oração a Deus exige humildade, sinceridade, consciência do pecado e entendimento acerca da grandeza e da santidade de Deus. A Parábola do Fariseu e o Publicano fala exatamente sobre isto (Lucas 18:9-14).

A Bíblia também diz que a oração deve ser fervorosa e perseverante (Lucas 11:5-13; 18:1-8). Também é através da oração que podemos vencer as tentações malignas e as inclinações pecaminosas de nossa carne. Jesus ensina que é pela oração que podemos rogar ao Pai para que não venhamos cair em tentação (Mateus 6:4).

Além disso, não podemos orar a Deus confiando em nossas próprias qualidades; mas devemos orar a Deus confiando nos méritos de Cristo. Por isto o Novo Testamento nos ensina que nossas orações devem ser feitas em nome de Jesus Cristo (João 14:13,14; 15:16; 16:23,24).

Por que orar?

Pergunta: "Por que orar? Qual o sentido em orar se Deus conhece o futuro e já está no controle de todas as coisas? Se não podemos mudar a opinião de Deus, por que devemos orar?"

Resposta: Por que orar? Por que orar se Deus já está no perfeito controle de tudo? Por que orar se Deus sabe o que vamos pedir antes que o façamos?

(1) A oração é uma forma de servirmos a Deus (Lucas 2:36-38). Oramos porque Deus nos ordena que o façamos (Filipenses 4:6-7).

(2) A oração é exemplificada para nós por Cristo e a igreja primitiva (Marcos 1:35; Atos 1:14; 2:42; 3:1; 4:23-31; 6:4; 13:1-3). Se Jesus achava que valia a pena orar, também devemos achar.

(3) Deus determinou a oração como meio para que pudéssemos obter Suas soluções em inúmeras situações:

a) Preparação para grandes decisões (Lucas 6:12-13)
b) Derrubar barreiras demoníacas na vida das pessoas (Mateus 17:14-21)
c) Ajuntamento de obreiros para a colheita espiritual (Lucas 10:2)
d) Obtenção de forças para vencer a tentação (Mateus 26:41)
e) Um meio de fortalecer a outros espiritualmente (Efésios 6:18-19)

(4) Temos a promessa de Deus que nossas orações não são em vão, mesmo se não recebemos especificamente o que pedimos (Mateus 6:6; Romanos 8:26-27).

(5) Ele prometeu que quando pedirmos por coisas que estejam de acordo com Sua vontade, Ele nos dará o que pedirmos (I João 5:14-15).

Às vezes Ele atrasa Sua resposta de acordo com Sua sabedoria e para o nosso benefício. Nestas situações, devemos ser perseverantes e persistentes em oração (Mateus 7:7; Lucas 18:1-8). A oração não deve ser vista como nosso meio de obter que Deus faça nossa vontade na terra, mas como um meio de obter a vontade de Deus feita na terra. A sabedoria de Deus, em muito, excede a nossa.

Em situações para as quais não sabemos especificamente qual a vontade de Deus, a oração é o meio de discerni-la. Se Pedro não tivesse pedido a Jesus para chamá-lo para fora do barco até a água, teria perdido tal experiência (Mateus 14:28-29). Se a mulher síria cuja filha estava influenciada pelo demônio não tivesse orado a Cristo, sua filha não teria sido restabelecida (Marcos 7:26-30). Se o homem cego fora de Jericó não tivesse clamado a Cristo, ele teria continuado cego (Lucas 18:35-43). Deus disse que muitas vezes não recebemos porque não pedimos (Tiago 4:2). Em um sentido, a oração é como compartilhar o evangelho com as pessoas. Não sabemos quem responderá à mensagem do evangelho até que o preguemos. O mesmo ocorre com a oração: nunca veremos os resultados de uma oração respondida até que oremos.



A falta de oração demonstra a falta de fé e a falta de confiança na Palavra de Deus. Nós oramos para demonstrar nossa fé em Deus, que Ele fará assim como prometeu em Sua Palavra, e que abençoará nossas vidas abundantemente mais do que podemos pedir ou esperar (Efésios 3:20). A oração é nosso primeiro meio de ver a obra de Deus na vida de outros. Por ser nosso meio de nos “ligarmos” ao poder de Deus como se nos ligássemos em uma tomada, é nosso meio de derrotar nosso inimigo e seu exército (Satanás e seu exército) que, por nós mesmos, não teríamos forças para vencer. Por isto, que Deus nos encontre sempre perante Seu trono, pois temos um Sumo Sacerdote no céu que pode se identificar com tudo o que passamos (Hebreus 4:15-16). Temos Sua promessa de que “A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos” (Tiago 5:16-18). Que Deus possa glorificar Seu nome em nossas vidas conforme creiamos Nele de forma suficiente para que venhamos sempre a Ele em oração.


sábado, 2 de novembro de 2019

EMAÚS




EM QUE CAMINHOS ESTAMOS?



Muitas vezes estamos tão próximos do caminho certo, mas não estamos no caminho certo.
Texto base Lucas 24:13-35

Provérbios 14:12 – Há caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte.

Jeremias 17:9-10  9 Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá? 10 Eu, o Senhor, esquadrinho o coração, eu provo os pensamentos; e isso para dar a cada um segundo os seus caminhos e segundo o fruto das suas ações.

O seu coração é enganoso acima de todas as coisas (Jr 17:9). Ele mente para você mais do que qualquer outra pessoa, e você acredita nele! E ele é desesperadamente mau, por isso as mentiras estão sempre dirigidas para a tolice e o pecado! Porque o seu coração é tão enganoso e mau, você não consegue avaliar o tamanho do perigo que é para você, sem levar em conta os avisos das Escrituras. O verso conclui com “quem o conhecerá”.

A história dos dois discípulos a caminho de Emaús é uma das últimas narrativas do evangelho de Lucas. A palavra Emaús vem da expressão hebraica Hammat, que significa “fonte de águas quentes”, e era um povoado que ficava à 11 km de Jerusalém de onde eles saíram.

O contexto da história todos nós sabemos, Jesus havia sido crucificado na sexta-feira e já havia se passado 3 dias desde sua morte. Ele então ressuscita, e se encontra com aqueles dois homens que estavam conversando enquanto caminhavam. Jesus então os questiona sobre o que estavam discutindo e percebe que eles estavam tristes e decepcionados. Ao analisar o texto de forma detalhada encontramos as 5 razões da decepção e tristeza daqueles dois homens, e é sobre isso que iremos falar:

1 – ESTAVAM NO CAMINHO ERRADO – A primeira coisa que nos chama a atenção aqui é que eles estavam indo para Emaús, sendo que deveriam permanecer em Jerusalém. Jesus confirma isso no verso 49 do capítulo 24 de Lucas após se reencontrar com eles e com os 11. Vimos acima que Emaús significa “fonte de águas quentes”. Jerusalém significa “lugar de paz”. Sabe o que isso significa? Eles estavam trocando Jesus que é a verdadeira fonte de água viva (João 4:13,14) por outra fonte. Eles estavam saindo do lugar de paz porque não creram na promessa de que Jesus ressuscitaria.

Nós muitas vezes agimos da mesma forma. Estamos tão próximos do caminho certo, mas não estamos no caminho certo. Abandonamos o lugar onde deveríamos aguardar o cumprimento da promessa e trilhamos outro caminho simplesmente porque não cremos.



2 – ELES NÃO CONHECIAM JESUS – Eles andaram com Jesus por pelo menos 3 anos, viram Ele ressuscitar mortos, dar vista à cegos, fazer paralíticos andar, perdoar pecados, realizar todo tipo e sinal e maravilhas, viram Ele pregar sermões maravilhosos! Mas não reconheceram Jesus. E sabe porquê? Eles ainda não tinham tido uma experiência verdadeira com Jesus. A incredulidade impediu que eles O reconhecessem. Estavam tristes (v.17). Eles viam Jesus como profeta, mas não como Messias (v.19)!

Muitos se encontram exatamente nessa situação. Conhecem Jesus apenas de ouvir falar ou até já presenciaram Ele realizar cura e sinais na vida de outros, mas não tiveram uma experiência pessoal com Jesus. Ainda estão incrédulos. Estão tristes. Ainda não veem Jesus como Ele realmente é, como Senhor e Salvador, ou seja, ainda não O conhecem.


3 – ELES NÃO SE CONHECIAM – Ao responder o questionamento de Jesus, sobre o que estavam conversando, eles demonstram que além de não O conhecerem, também não se conheciam. Disseram que os chefes dos sacerdotes e as autoridades O crucificaram. Ainda não tinham entendido que Jesus morreu pelos pecados deles e de toda humanidade.
Muitas vezes nosso maior erro é não se conhecer realmente como nós somos. Nós somos pecadores, falhos e não temos nenhum mérito em nós mesmos. A única coisa que nós merecemos é o inferno. Quem crucificou Cristo fomos nós!

4 – ESTAVAM DECEPCIONADOS – Aqueles dois homens depositaram suas esperanças em algo que Jesus não veio fazer. Em algo que Jesus não tinha prometido. Achavam que Ele iria libertar a nação judaica da sujeição a Romana. Jesus tinha algo profundamente maior e melhor para eles, o perdão dos pecados e a vida eterna, mas eles estavam com seus olhos voltados para algo passageiro e efêmero.

Ao dizer: “E hoje é o terceiro dia desde que tudo isso aconteceu. ”, eles demostram que não criam no sobrenatural de Deus. Os judeus tinham uma crença de que a alma deixava o corpo no 3º dia, ou seja, se algo não tinha acontecido até ali, não ia acontecer mais. Isso tudo os deixou decepcionados.

Essa mesma atitude se repete em nossos dias. Pessoas que buscam a Deus não pelo que Ele é, mas porque querem a resolução de seus problemas. Querem restaurar seus casamentos, querem cura para suas doenças físicas e da alma, querem uma casa, um carro, querem resolver seus problemas financeiros, querem tudo! Querem a benção de Deus, mas não o Deus da benção! E ainda querem do jeito que eles imaginam! E como se não bastasse, não creem no sobrenatural de Deus.

5 – NÃO TINHAM DISCERNIMENTO – Em algumas versões Jesus os chama de néscios, que significa tolo ou sem discernimento. Apesar deles conhecerem as profecias bíblicas a respeito de Jesus não conseguiram entender que a Cruz era o caminho para glória de Jesus. A maior história da humanidade estava se desenrolando debaixo do nariz deles, mas eles não estavam discernindo, não estavam entendendo.

Quantas pessoas agem igualmente hoje em dia, mesmo presenciando o mover e o milagre de Deus de perto não conseguem discernir e estão totalmente apáticos. Mesmo presenciando os sinais proféticos se cumprindo a cada dia, continuam sem entender.

CONCLUSÃO

. Mateus 14:19 descreve o milagre da multiplicação dos pães e peixes, onde Jesus agiu exatamente da mesma forma no partir do pão:

“Tendo mandado às multidões que se reclinassem sobre a relva, tomou os cinco pães e os dois peixes e, erguendo os olhos ao céu, os abençoou; e partindo os pães, deu-os aos discípulos, e os discípulos às multidões. ”

Isso é muito profundo. Jesus tomou o pão, abençoou, o partiu, entregou aos discípulos e estes que alimentaram a multidão. Ele deixou bem claro que para nós o reconhecermos, temos que partir o pão! Quando deixamos de partir o pão, deixamos de conhecer à Cristo.

Outra coisa que nos chama a atenção nessa história é que esses 2 homens só tiveram a oportunidade de mudar de rota e de reconhecer a Jesus porquê tiveram 3 atitudes:

1ª – Convidaram Jesus para entrar na casa deles.

2ª – Deixaram Ele assumir a posição de anfitrião e celebrar a ceia.

3ª – Voltaram para Jerusalém correndo.

Todos os dias nos deparamos com situações e coisas que são boas aos nossos olhos, mas nem tudo que é belo aos nossos olhos é bom para o nosso espirito. Pode até ser bom para nossa carne, mas jamais para nosso espirito.

Nós sempre queremos o que é bom aos nossos olhos, mesmo muitas vezes não sendo bom de acordo com a vontade de Deus. Pois é natural querermos o que é bom, Ele só tem preparado o melhor para mim e para você, por isso que devemos sempre procurar fazer a sua vontade e antes de toda e qualquer decisão em nossas vidas devemos orar e pedi direção de Deus para sabermos se é ou não de sua vontade o caminho que vamos percorrer.

 MESTREKAMEL