Na
teologia católica existem sete sacramentos, sendo (batismo, crisma ou
confirmação, eucaristia, reconciliação ou penitência, unção dos enfermos, ordem
e matrimônio). Porém, a Bíblia não diz que são sete sacramentos.
Primeiramente
precisamos compreender que existem diferenças entre e teologia católica e a
teologia reformada. Na teologia católica são admitidos sete sacramentos,
enquanto a teologia reformada admite apenas dois sacramentos, pois são apenas
dois os que foram ordenados por Jesus Cristo. Mas antes de detalharmos mais
sobre esses dois sacramentos, vamos relembrar o que significa sacramento.
O que significa
sacramentos? Quantos sacramentos existem na Bíblia?
Segundo
a Confissão Belga (importante símbolo de fé das igrejas reformadas),
sacramentos “são sinais e selos visíveis de uma realidade interna e invisível”.
Isso significa que o sacramento é algo que podemos ver que foi dado por Deus
para nossa bênção, para que nossos sentidos pudessem se beneficiar por algo
visível e que mostra uma realidade que já aconteceu em nosso interior.
Definição de sacramentos
"Os
sacramentos são sinais eficazes da graça, instituídos por Cristo e confiados à
Igreja, por meio dos quais nos é dispensada a vida divina. Os ritos visíveis
sob os quais os sacramentos são celebrados significam e realizam as graças
próprias de cada sacramento. Produzem fruto naquele que os recebem com as
disposições exigidas.
Os
Sacramentos são “os canais por onde flui a salvação” de todos os homens, que
Cristo conquistou com a sua morte e ressurreição. Eles se relacionam
intimamente com Cristo, com a Igreja e com toda a Liturgia. Há em todos eles um
denominador comum, que é o sinal (seméion, em grego) eficiente ou sinal que
realiza o que Ele assinala. Sacramentos são gestos de Deus em nossa vida.
Realizam aquilo que expressam simbolicamente. Os sacramentos são, por
conseguinte:
->
Sinais Sagrados, porque exprimem uma realidade sagrada, espiritual;
->
Sinais Eficazes, porque, além de simbolizarem um certo efeito, produzem-no
realmente;
->
Sinais da Graça, porque transmitem dons diversos da graça divina;
->
Sinais da Fé, não somente porque supõem a fé em quem os recebe, mas porque
nutrem, robustecem e exprimem a sua fé;
->
Sinais da Igreja, porque foram confiados à Igreja, são celebrados na Igreja e
em nome da Igreja, exprimem a vida da igreja, edificam a Igreja, tornam-se uma
profissão de fé na Igreja.
A
igreja reformada admite apenas dois sacramentos, que são o Batismo e a Ceia do
Senhor, pois foram apenas estes dois ordenados pelo Senhor. Conforme a
definição de sacramentos, entendemos que quando alguém é batizado, temos ali o
sinal visível (a água sendo derramada simbolizando a purificação) como símbolo
de uma realidade que já ocorreu na vida da pessoa, que é o lavar regenerador do
Espírito Santo (Tito 3:5).
A palavra "batismo" nas Escrituras, quando traduzida literalmente, significa "consistente de processos de imersão, submersão e emersão (de bapto, mergulhar)" (W.E. Vine, Dicionário Expositivo de Palavras do Velho e do Novo Testamento). Os batismos que aconteceram quando Jesus e os apóstolos estavam na terra não foram uma aspersão ou derramamento de água. Os crentes que foram batizados foram inteiramente imersos em água. João, por exemplo, batizava numa parte do rio Jordão que tinha muita água (João 3:23), capacitando-o a imergir completamente aqueles que vinham a ele. O capítulo 6 da carta de Paulo aos Romanos explica o simbolismo da imersão. "Ou vocês não sabem que todos nós, que fomos batizados em Jesus Cristo, fomos batizados na sua morte? Pelo batismo fomos sepultados com ele na morte, para que, assim como Cristo foi ressuscitado dos mortos por meio da glória do Pai, assim também nós possamos caminhar numa vida nova" (6:3-4). Quando uma pessoa é abaixada na água e coberta, isso é muito parecido com um sepultamento. Quando essa mesma pessoa é levantada da água, é como uma ressurreição dos mortos. O batismo é o ponto no qual uma pessoa morre para o pecado e começa uma nova vida espiritual.
Na
Ceia do Senhor se dá da mesma forma. Cristo estabeleceu os elementos visíveis,
o pão e o vinho, que tomamos como um memorial do que aconteceu invisivelmente
em nossa vida, que foi o crer no sacrífico de Jesus Cristo, que derramou seu
corpo e sangue para nos salvar. É evidente que os sacramentos em si (batismo e ceia do
Senhor) não terão efeito positivo se aquele que os recebe não tiver em sua vida
essa realidade que esses sacramentos exigem. Alguém pode chegar a se batizar,
enganando os homens, sem que haja em seu coração uma conversão genuína. Porém,
nesse caso, o batismo perde todo o significado positivo naquela vida.
A
seriedade dos sacramentos é tão grande que Paulo orienta a igreja de Corinto,
que estava tomando o sacramento da Santa Ceia de forma incorreta, a avaliar com
seriedade o que estava fazendo, pois, tratando o sacramento da forma errada,
estava trazendo juízo para si: “Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e, assim, coma do pão,
e beba do cálice; pois quem come e bebe sem discernir o corpo, come e bebe
juízo para si. Eis a razão por que há entre vós muitos fracos e doentes e não
poucos que dormem.” (1 Coríntios 11:28-30).
Fora
esses dois sacramentos não temos nenhum outro ordenado por Jesus Cristo a ser
observado pela sua igreja.
Obs. Não sou o dono da verdade,
porém, tenho como verdade as SAGRADAS ESCRITURAS, OU SEJA, A BÍBLIA... AMÉM!
Autor: Mestrekamel
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