O que significa batismo por imersão e
por aspersão?
Muitos
crentes ficam bem confusos com relação aos diferentes modos de batismo
praticados pelas igrejas cristãs. Acabam se perguntando qual igreja realiza o
batismo corretamente e se existe realmente um modo que seja correto e outro
não, se o correto seria a aspersão ou a imersão. Existem pelo menos dois modos
praticados pelas igrejas cristãs, que são o batismo por imersão e por aspersão.
O que é o batismo por
imersão e por aspersão?
Antes
de explicar os termos, gostaria de deixar registrado que a Bíblia não parece
dar tanta importância para um ou outro modo de batismo. O próprio Jesus mandou
batizar seus discípulos, mas não se preocupou em deixar um “método” que
indicasse como a água devia ser usada (Mateus 28.19). Os autores bíblicos
parecem não estar tão preocupados com o modo com que a água é aplicada naquele
que está sendo batizado, mas naquilo que ocorreu na vida dessa pessoa antes do
batismo, sua regeneração e salvação em Jesus Cristo.
Assim,
esse artigo não é uma defesa desse ou daquele modo, mas uma explicação aberta
de cada um deles que, a meu ver, podem ser usados sem problemas, pois o que
importa não é a quantidade da água e a forma com que ela é administrada, mas
aquilo que o ato que está sendo feito significa. Porém, colocarei algumas
questões comentando cada um deles.
Batismo por imersão
A
imersão é basicamente quando o ministro afunda a pessoa na água, levantando-a
em seguida. Normalmente é feito em um local onde haja certa profundidade de
água que possibilite esse movimento de afundar e levantar (rios, piscinas,
piscinas batismais).
Normalmente
aqueles que defendem a imersão como modo de batismo dizem que este modo é
essencial para que a simbologia do batismo seja válida. Defendem que o modo de
batismo bíblico é esse e rejeitam qualquer outra forma. Porém, algumas questões
parecem nos indicar que esse não foi o único modo de batismo apresentado nas
Escrituras:
(1) João Batista seria capaz de realizar a
enorme tarefa de fazer imergir as multidões que se ajuntavam em torno dele às
margens do rio Jordão, ou ele simplesmente derramava água sobre elas, como
indicam algumas das inscrições primitivas? (2) Os apóstolos teriam achado água
suficiente em Jerusalém e teriam as facilidades necessárias para batizar por
imersão três mil pessoas num só dia? (3) Onde estão as evidências que provam
que eles seguiram algum outro método, e não o modo dos batismos do Velho
Testamento? (4) Acaso Atos 9.18 mostra de algum modo que Paulo saiu do lugar em
que Ananias o encontrara, para deixar-se imergir nalgum lago ou rio? (5) O
relato do batismo de Cornélio não dá a impressão de que a água teve que ser
trazida e que as pessoas presentes foram batizadas na casa mesmo? (At 10.47,
48). (6) Há alguma prova de que o carcereiro de Filipos não foi batizado na
prisão ou perto dela, mas levou seus prisioneiros até o rio, para que pudessem
fazer-se imergir? Teria ele ousado levá-los para fora da cidade, quando lhe
fora ordenado que os mantivessem presos com segurança? (At 16.22-33).
São questões que parecem minar a
ideia de que somente a imersão seja bíblica.
Batismo por aspersão
A
aspersão é quando o ministro aplica certa quantidade de água sobre a pessoa.
Normalmente não precisa de locais com grande quantidade de água, pois o
objetivo é que a água seja derramada sobre a pessoa. Assim, pode ser feito em
qualquer lugar, sem limitações, bastando que haja uma pequena quantidade de
água. Alguns exemplos bíblicos parecem demonstrar que esse tipo de batismo era
também utilizado além da imersão. O caso dos três mil batizados em um só dia
(Atos 2.41). O batismo de Paulo na Rua Direita (Atos 9.11, 18). O caso do
carcereiro de Filipos (Atos 16.29-33).
Esses
são os modos de batismo usuais nas igrejas cristãs. Como disse e reafirmo a
quantidade de água ou a forma como ela é ministrada no servo de Cristo não é o
que realmente importa. O significado do batismo e principalmente aquilo que já
aconteceu na vida daquele que se submete a ele é o que realmente tem destaque
nas páginas da Bíblia Sagrada.
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