Paulo fez uma
afirmação difícil de entender, e mais difícil ainda de aplicar na nossa vida:
"Porque, quando sou fraco, então, é que sou forte" (2 Coríntios
12:10). Atrás dessas palavras enigmáticas encontramos algumas lições importantes
e edificantes. Vamos procurar entender o que Paulo disse e como aplicar esse
ensinamento quando enfrentamos dificuldades.
Você sabia que
antes mesmo de ter sido desejado pelos seus pais, Deus já havia te planejado?
Você não está aqui por acaso e muito menos sem propósito. Fomos criados para propagar
sua mensagem.
“Ide por todo o
mundo, pregai o evangelho a toda a criatura. ” (Marcos 16:15)
Deus não
precisa de nós. Ele é Deus e pronto. Quando nos escolhe para um chamado
ministerial, precisamos reconhecer tamanho privilégio. O problema é que nós
temos o péssimo hábito de achar que nunca estamos preparados devido à falta de
habilidade, falta de conhecimento de sua palavra, por causa de nossos defeitos
e fraquezas ou tempo insuficiente.
Há solução
para cada uma dessas desculpas. Habilidade se constrói com prática e
disciplina. Conhecimento com leitura, organização e intimidade.
Em Coríntios
12:9-10, texto do apóstolo Paulo, a Bíblia diz: “Minha graça é suficiente a você,
pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. Por isso, por amor de Cristo,
regozijo-me nas fraquezas, nos insultos, nas necessidades, nas perseguições,
nas angústias. Pois, quando sou fraco, é que sou forte. ”
Às vezes temos
vontade de fazer a diferença e ajudar quem precisa, mas pelas decepções da
vida, olhamos para nossas perdas e desistimos. Deus nos mostra que os
obstáculos podem ser nosso maior triunfo. Há propósito em tudo. Ao passarmos
pela prova, certamente estaremos mais preparados para ajudar quem se encontra
na mesma situação.
Paulo fez uma
afirmação difícil de entender, e mais difícil ainda de aplicar na nossa vida:
"Porque, quando sou fraco, então, é que sou forte" (2 Coríntios
12:10). Atrás dessas palavras enigmáticas encontramos algumas lições
importantes e edificantes. Vamos procurar entender o que Paulo disse e como
aplicar esse ensinamento quando enfrentamos dificuldades.
Paulo sofreu de algum espinho na
carne
Ele disse:
"E, para que não me ensoberbecesse com a grandeza das revelações, foi_me
posto um espinho na carne, mensageiro de Satanás, para me esbofetear, a fim de
que não me exalte. Por causa disto, três vezes pedi ao Senhor que o afastasse
de mim." (2 Coríntios 12:7-8).
Algumas
pessoas gastam muito tempo especulando sobre o espinho na carne. O fato é que
Paulo não revelou o que foi, e ninguém hoje sabe. O que importa não é a
natureza do espinho, mas a maneira que Paulo o encarou. Observe estes fatos em
2 Coríntios 12:7-9: 1. Paulo reconheceu Satanás como a fonte do problema. Ele
disse que o espinho era "mensageiro de Satanás". Por que Satanás
mandaria um mensageiro a Paulo? Sabemos muito bem que o diabo quer a nossa
ruína. Ele quer nos devorar como leão que ruge (1 Pedro 5:8). Na vida de Paulo,
como na vida de bilhões de outras pessoas, Satanás usou o sofrimento para
tentar derrotá-lo. 2. Deus usou aquele espinho e recusou tirá-lo da vida de
Paulo. Aqui aprendemos uma coisa importante sobre os males da vida. Deus não
causou o sofrimento no mundo, e ele não nos tenta (Tiago 1:13). Muitas vezes, ao
invés de tirar os problemas das nossas vidas, ele os utiliza para o nosso bem.
Deus amou Paulo, mas ele não o poupou de todo sofrimento. Jamais devemos
interpretar problemas como sinais do desprezo de Deus. Ele pode usar
calamidades para castigar os ímpios, mas, ele também permite tribulações na
vida de seus filhos (Hebreus 12:5-11).
Como Deus usou o sofrimento de
Paulo
Quando Deus
recusou tirar o espinho da vida de Paulo, ele ofereceu esta explicação: "A
minha graça te basta, porque o poder se
aperfeiçoa na fraqueza" (2 Coríntios 12:9). A graça contradiz o
merecer. Se Paulo, no passado, se julgou autossuficiente, ele não continuou
assim (veja Filipenses 3:4-11). Nas tribulações, ele aprendeu depender da graça
do Senhor. Quando sentimos que temos tudo sob controle por causa da nossa
própria capacidade, facilmente esquecemos de Deus. Nas horas de maior fraqueza,
quando sentimos incapazes de resolver os nossos problemas sozinhos, tendemos a
voltar para Deus e nos entregar à poderosa mão dele. Nossa inteligência não nos
basta. Nossos recursos financeiros não nos bastam. Nossos amigos não conseguem
preencher as nossas necessidades. A graça de Deus nos basta, e o poder dele se
manifesta através da nossa fraqueza. É exatamente isso que Paulo entendeu:
"De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim
repouse o poder de Cristo" (2 Coríntios 12:9).
Como Paulo usou seu próprio
sofrimento
As palavras de
Paulo em 2 Coríntios 12:10 são impressionantes, refletindo uma maturidade
espiritual que poucos alcançam: "Pelo
que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas
perseguições, nas angústias, por amor de Cristo. Porque, quando sou fraco,
então, é que sou forte." Ele sentia prazer no sofrimento! Será que nós
sentimos a mesma coisa? É comum sentir pena de si, ou amargura, ou profunda
depressão, mas sentir prazer? O comentário de Paulo não trata de alguma prática
louca de autoflagelação, mas de sua capacidade de confiar plenamente no Senhor.
Ele entendeu que o sofrimento nos oferece oportunidades para aproximar mais de
Deus, e Paulo aproveitou tais oportunidades ao máximo. Da mesma forma que a
pessoa que pratica ginástica ou musculação pode sentir prazer no esforço e
sofrimento da malhação, visando os resultados em termos da saúde física, Paulo
sentia prazer nas angústias da vida, tendo em vista os resultados de
crescimento espiritual e do galardão eterno. Tiago falou a mesma coisa:
"Meus irmãos, tende por motivo de toda alegria o passardes por várias
provações, sabendo que a provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz
perseverança. Ora, a perseverança deve ter ação completa, para que sejais
perfeitos e íntegros, em nada deficientes" (Tiago 1:2-4).
Paulo explica
seu prazer em dois sentidos: 1."...por amor de Cristo". Quando Paulo
admitiu sua própria incapacidade, ele deixou Cristo tomar conta da vida dele.
Como Cristo morreu para nos dar vida, nosso velho homem morre para dar lugar
para Jesus viver: "Porque eu, mediante a própria lei, morri para a lei, a
fim de viver para Deus. Estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem
vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo
pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim"
(Gálatas 2:19-20). Jesus aceitou a "fraqueza" da sua forma humana
para se entregar por nós. É somente quando aceitamos a nossa própria
inadequação que temos condições de nos entregar a Cristo. 2."Porque,
quando sou fraco, então, é que sou forte". Quando Paulo confiou plenamente
em Cristo, se esvaziando do orgulho e da ideia de ser autônomo, ele ganhou
força bem maior. Cristo vivendo em Paulo era infinitamente mais forte do que
Paulo sozinho.
Como nós usamos o sofrimento?
Considere as
palavras que Paulo usa em 2 Coríntios 12:10. Como você reage aos mesmos
desafios na sua vida? Paulo enfrentou:
Fraquezas. Você se
sente incapaz de enfrentar algumas fraquezas (problemas, tentações vícios,
etc.)? Essas fraquezas devem servir de convite para permitir Jesus reinar na
sua vida.
Injúrias. Você foi maltratado ou ofendido por
outros? O diabo quer usar suas injúrias como motivo de ódio, vingança e
blasfêmia. Mas Deus quer que você fique forte, usando essas injúrias como
oportunidade para crescer.
Necessidades. Você enfrenta grandes dificuldades
financeiras? Não sabe como resolvê-las? Nada melhor que a fome para tornar o
homem dependente de Deus. Jesus deu este desafio: "Buscai, pois, em
primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão
acrescentadas. Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã
trará os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal" (Mateus 6:33-34).
Pessoas que nunca conheceram a pobreza têm dificuldade em entender esse
princípio. Quando temos geladeiras abastecidas e armários cheios de alimentos,
é difícil imaginar a circunstância que Jesus descreve. Esse é, sem dúvida, um
dos motivos que poucos ricos são convertidos a Cristo (1 Coríntios 1:26-29; Marcos
10:23-25).
Perseguições. Quando sofremos por causa de Cristo, é
o momento de desistir ou de ficar mais firmes que nunca? Muitas pessoas
egoístas justificam sua desistência porque não querem sofrer. Mas os discípulos
verdadeiros imitam o exemplo dos cristãos hebreus: "Lembrai vos, porém,
dos dias anteriores, em que, depois de iluminados, sustentastes grande luta e
sofrimentos; ora expostos como em espetáculo, tanto de opróbrio quanto de
tribulações, ora tornando vos coparticipantes com aqueles que desse modo foram
tratados. Porque não somente vos compadecestes dos encarcerados, como também
aceitastes com alegria o espólio dos vossos bens, tendo ciência de possuirdes
vós mesmos patrimônio superior e durável.... Nós, porém, não somos dos que
retrocedem para a perdição; somos, entretanto, da fé, para a conservação da
alma" (Hebreus 10:32-34,39). Falando de perseguições, devemos lembrar que
fazem parte da vida do cristão. Paulo usou uma palavra bem abrangente para
frisar esse fato: "Ora, todos quantos querem viver piedosamente em Cristo
Jesus serão perseguidos" (2 Timóteo 3:12). Nenhum servo do Senhor tem
imunidade da perseguição.
Angústias. A palavra usada aqui vem de uma raiz que
descreve lugares estreitos ou apertados. Muitas pessoas sofrem de claustrofobia.
Quando se encontram em lugares apertados e fechados sentem-se desesperadas.
Espiritualmente, muitos reagem da mesma forma. Quando se vê em apuros, como
você reage? Abandona os princípios de Deus e age de uma forma errada no
desespero? A única saída é aceitar o fato que você é incapaz de sair do
problema sozinho. Temos que reconhecer a necessidade da graça de Deus, para
aceitar o resgate que ele nos oferece. "Não andeis ansiosos de coisa
alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições,
pela oração e pela súplica, com ações de graças. E a paz de Deus, que excede
todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo
Jesus" (Filipenses 4:6-7).
Conclusão
Os servos do
Senhor sofrem nessa vida. Enfrentamos perseguições, angústias, fraquezas,
necessidades, etc. Da mesma maneira que Deus recusou tirar o espinho de Paulo,
ele pode deixar qualquer um de nós em circunstâncias difíceis e desagradáveis.
Quando nos encontramos nessas situações, vamos ter a fé e a coragem que Paulo
mostrou para aproveitar a oportunidade e crescer espiritualmente. Quando nos
entregamos a Cristo, encontramos a graça e a força verdadeira.
Eu já descobri
o meu chamado, e você?
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