quinta-feira, 20 de agosto de 2015

A SERPENTE NA ATUALIDADE DA IGREJA

     

              Amados minhas ministrações são frutos de horas e horas de profundas leituras nas sagradas escrituras e suplicas ao Espirito Santo que é o autor da Bíblia dando inspiração aos homens escolhidos por Deus para escrevê-la. Buscar primeiramente a direção espiritual é fundamental para quem se dispõem ao ministério da pregação e ensino da palavra de Deus. Sendo assim, quero meditar convosco no Livro de Números capitulo 21, e trazendo-o a realidade da igreja em nossos dias, lembrando que o livro de Números é o elo entre Gênese, Êxodo e levítico, sendo a preparação para entrar na terra prometida.
Tendo terminado de vagar pelo deserto, o povo de Israel seguiu um caminho tortuoso em direção ao oriente da terra de Canaã, rodeando pelo sul do mar Morto, e evitando passar pelas terras de Edom. Seu caminho os levava por regiões desertas, e também por território ocupado por cananeus.
O primeiro dos cananeus foi o rei de Arade, que habitava no Neguebe, a sudoeste do Mar Morto. Ele os atacou e levou alguns cativos. Israel clamou ao SENHOR e prometeu destruir totalmente as suas cidades se o SENHOR lhes desse vitória. O SENHOR os ouviu e entregou em suas mãos os cananeus, que eles então destruiram completamente, como haviam prometido. O SENHOR já havia anteriormente prometido destruir estes povos (Êxodo 23:23). Atentemos para os fatos: Deus sempre nos surpreenderá antes de nos dar uma vitória.
Continuando a viagem, eles passaram do outro lado do monte Hor, no caminho do mar Vermelho. É um caminho deserto e pedregoso, trazendo novamente o desânimo para o povo. Pela sétima e última vez, eles reclamaram contra Deus e contra Moisés, por terem sido tirados do Egito e trazidos para o deserto onde não havia pão nem água, reclamando ainda do maná, que chamaram de pão vil. Observemos que é preciso passar por um processo doloroso para podermos valorizar o Deus tem para nos entregar.
No Salmo 78 encontramos as causas das reclamações do povo:
1.       Obstinação,
2.       Rebeldia,
3.       Inconstância de coração e
4.       Infidelidade de espírito (versículo 8).
5.       Não guardaram a aliança de Deus e
6.       Não quiseram andar na sua lei (versículo 10).
7.       Esqueceram-se das obras e das maravilhas que o SENHOR lhes mostrara (versículo 11).
Nossas reclamações frequentemente têm as mesmas causas. Se pudermos corrigir estas ações e atitudes irrefletidas, deixaremos também de nos queixar quando achamos que as coisas não vão bem.
O SENHOR fez uso de serpentes abrasadoras (venenosas) para punir o povo pela sua incredulidade e rebeldia. O deserto naquelas regiões tem uma variedade de serpentes, algumas das quais se escondem na areia e atacam sem aviso prévio. A mordida traz grande sofrimento e pode levar a uma morte lenta. As serpentes que o SENHOR mandou sobre o povo de Israel eram mortais, pois morreram muitos dentre eles.
"Havemos pecado" disse o povo a Moisés ao pedir que ele intercedesse por eles para que fossem tiradas as serpentes. Todos nós só podemos começar uma nova vida com Deus depois que reconhecemos que pecamos. Cristo morreu pelos pecadores. Quem não vier a Ele na categoria de pecador, não pode ser salvo por Ele. O povo não prometeu nada, apenas reconheceu o seu pecado, e confiou na misericórdia de Deus. Também somos salvos apenas por reconhecermos o nosso pecado e confiarmos na graça de Deus revelada em Cristo - Deus não requer uma promessa de nossa parte.
A resposta do SENHOR foi mandar que Moisés levantasse uma serpente abrasadora feita de bronze numa estaca à vista de todos: quem fosse mordido e olhasse para a serpente, seria curado. Quem, porém, em sua incredulidade não olhasse para a serpente e confiasse em outros remédios, morreria. Era, portanto, necessário que o que fosse mordido tivesse fé suficiente apenas para olhar para a serpente (Muitos de nós temos deixado de crer nas coisas espirituais e por isso temos inúmeros doentes e mortos espirituais em nosso meio).
O Senhor Jesus nos explicou que, da mesma forma, quem crê nEle não perecerá, mas terá a vida eterna (João 3:14-16). É suficiente que o pecador convicto olhe para Cristo (Hebreus 12:2), pela fé, para ser salvo da perdição, não há outra condição. Mas, quem procurar se salvar por outros meios, nunca o conseguirá.
A serpente de bronze é um símbolo do pecado julgado e condenado. Bronze nos fala do julgamento de Deus, como no altar de bronze (Êxodo 27:2) e do julgamento de si próprio, como na bacia de bronze. A serpente de bronze é uma figura de Cristo feito pecado por nós (João 3:14, 15; 2 Coríntios 5:21), levando nossa condenação. Historicamente, o momento foi quando Cristo bradou "Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?" (Mateus 27:46).
Podemos fazer as seguintes comparações:
1.       Serpentes que mordíam. O pecado nos ataca.
2.       A mordida doía pouco no início mas a dor crescia até um grande sofrimento final. Inicialmente pouco sentimos, mas vai nos trazer grande sofrimento no fim.
3.       O resultado era a morte. Morremos espiritualmente.
4.       Uma serpente de bronze foi levantada no deserto. Jesus Cristo foi levantado em uma cruz no Calvário.
5.       Só olhar para a serpente de bronze restabelecia a vida. Só olhar para Cristo nos dá a vida eterna.


Terminado este episódio de castigo e salvação, o povo prosseguiu pelo caminho determinado pelo SENHOR, parando para acampar em Obote, Ijé-Abarim, vale de Zerede, na outra margem do Arnom, e em Beer, o nome de um poço com água abundante para o povo.
Enquanto no deserto eles estiveram se queixando e lastimando, agora eles cantaram um cântico de alegria por causa do poço. Notemos o progresso:
1.       A expiação (versículos 8, 9; João 3:14, 15)
2.       A água, símbolo do Espírito Santo (versículo16; João 7:37-39)
3.       A alegria (versículos 17, 18; Romanos 14:17)
4.       O poder (versículos 21:21-24, Atos 4:33).
Saindo de Beer, continuaram indo primeiro para Mataná, depois Naaliel e Bamote, chegando até um vale no campo de Moabe, de onde mandaram mensageiros a Seom, rei dos amorreus, pedindo licença para passar pelo seu território.
O rei Seom, ao invés de usar de diplomacia, não só recusou passagem, mas reuniu todo o seu povo e foi ao encontro de Israel para combater contra ele. O SENHOR deu vitória absoluta ao povo de Israel, que tomou então posse da terra e das cidades dos amorreus, que estes haviam antes conquistado dos moabitas.
Havia restado um grupo de amorreus em uma localidade chamada Jazer, dentro daquela área. Depois de um reconhecimento que Moisés mandou fazer, os israelitas expulsaram os amorreus e tomaram as suas aldeias.
O povo tomou novamente o rumo do Norte, e foram enfrentados por Ogue, o rei de Basã, cujo território ficava do outro lado do rio Jaboque. Mesmo antes da batalha o SENHOR já havia dito a Moisés que havia entregue todo o povo e território de Basã em suas mãos. E assim sucedeu: todo o povo que ali habitava foi destruído, e Israel com isso adquiriu toda a região a leste do mar da Galiléia e do rio Jordão, até o monte Hermom (Deuteronômio 3:8). Mais tarde o território de Basã foi herdado pela tribo de Manassés.
Deus nos dá vitória sobre os nossos inimigos espirituais também: a carne, o mundo, e o diabo! Primeiro, porém, precisamos confiar em Cristo e depois tomar a nossa armadura para combater (Efésios 6:13-18).


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