Amados
minhas ministrações são frutos de horas e horas de profundas leituras nas
sagradas escrituras e suplicas ao Espirito Santo que é o autor da Bíblia dando
inspiração aos homens escolhidos por Deus para escrevê-la. Buscar primeiramente
a direção espiritual é fundamental para quem se dispõem ao ministério da pregação
e ensino da palavra de Deus. Sendo assim, quero meditar convosco no Livro de Números
capitulo 21, e trazendo-o a realidade da igreja em nossos dias, lembrando que o
livro de Números é o elo entre Gênese, Êxodo e levítico, sendo a preparação
para entrar na terra prometida.
Tendo
terminado de vagar pelo deserto, o povo de Israel seguiu um caminho tortuoso em
direção ao oriente da terra de Canaã, rodeando pelo sul do mar Morto, e
evitando passar pelas terras de Edom. Seu caminho os levava por regiões
desertas, e também por território ocupado por cananeus.
O primeiro
dos cananeus foi o rei de Arade, que habitava no Neguebe, a sudoeste do Mar
Morto. Ele os atacou e levou alguns cativos. Israel clamou ao SENHOR e prometeu
destruir totalmente as suas cidades se o SENHOR lhes desse vitória. O SENHOR os
ouviu e entregou em suas mãos os cananeus, que eles então destruiram
completamente, como haviam prometido. O SENHOR já havia anteriormente prometido
destruir estes povos (Êxodo 23:23). Atentemos para os fatos: Deus sempre nos
surpreenderá antes de nos dar uma vitória.
Continuando
a viagem, eles passaram do outro lado do monte Hor, no caminho do mar Vermelho.
É um caminho deserto e pedregoso, trazendo novamente o desânimo para o povo.
Pela sétima e última vez, eles reclamaram contra Deus e contra Moisés, por
terem sido tirados do Egito e trazidos para o deserto onde não havia pão nem
água, reclamando ainda do maná, que chamaram de pão vil. Observemos que é
preciso passar por um processo doloroso para podermos valorizar o Deus tem para
nos entregar.
No Salmo 78
encontramos as causas das reclamações do povo:
1. Obstinação,
2. Rebeldia,
3. Inconstância
de coração e
4. Infidelidade
de espírito (versículo 8).
5. Não
guardaram a aliança de Deus e
6. Não quiseram
andar na sua lei (versículo 10).
7. Esqueceram-se
das obras e das maravilhas que o SENHOR lhes mostrara (versículo 11).
Nossas
reclamações frequentemente têm as mesmas causas. Se pudermos corrigir estas
ações e atitudes irrefletidas, deixaremos também de nos queixar quando achamos
que as coisas não vão bem.
O SENHOR fez
uso de serpentes abrasadoras (venenosas) para punir o povo pela
sua incredulidade e rebeldia. O deserto naquelas regiões tem uma variedade de
serpentes, algumas das quais se escondem na areia e atacam sem aviso prévio. A
mordida traz grande sofrimento e pode levar a uma morte lenta. As serpentes que
o SENHOR mandou sobre o povo de Israel eram mortais, pois morreram muitos
dentre eles.
"Havemos
pecado" disse o povo a Moisés ao pedir que ele intercedesse por
eles para que fossem tiradas as serpentes. Todos nós só podemos começar uma
nova vida com Deus depois que reconhecemos que pecamos. Cristo morreu pelos
pecadores. Quem não vier a Ele na categoria de pecador, não pode ser salvo por
Ele. O povo não prometeu nada, apenas reconheceu o seu pecado, e confiou na
misericórdia de Deus. Também somos salvos apenas por reconhecermos o nosso
pecado e confiarmos na graça de Deus revelada em Cristo - Deus não requer uma
promessa de nossa parte.
A resposta
do SENHOR foi mandar que Moisés levantasse uma serpente abrasadora feita de bronze numa estaca à vista de todos:
quem fosse mordido e olhasse para a serpente, seria curado. Quem, porém, em sua
incredulidade não olhasse para a serpente e confiasse em outros remédios,
morreria. Era, portanto, necessário que o que fosse mordido tivesse fé
suficiente apenas para olhar para a serpente (Muitos de nós temos deixado de
crer nas coisas espirituais e por isso temos inúmeros doentes e mortos
espirituais em nosso meio).
O Senhor
Jesus nos explicou que, da mesma forma, quem crê nEle não perecerá, mas terá a
vida eterna (João 3:14-16). É suficiente que o pecador convicto olhe para
Cristo (Hebreus 12:2), pela fé, para ser salvo da perdição, não há outra
condição. Mas, quem procurar se salvar por outros meios, nunca o conseguirá.
A serpente
de bronze é um símbolo do pecado julgado e condenado. Bronze nos fala do
julgamento de Deus, como no altar de bronze (Êxodo 27:2) e do julgamento de si
próprio, como na bacia de bronze. A serpente de bronze é uma figura de Cristo
feito pecado por nós (João 3:14, 15; 2 Coríntios 5:21), levando nossa
condenação. Historicamente, o momento foi quando Cristo bradou "Deus meu,
Deus meu, por que me desamparaste?" (Mateus 27:46).
Podemos
fazer as seguintes comparações:
1. Serpentes
que mordíam. O pecado nos
ataca.
2. A mordida
doía pouco no início mas a dor crescia até um grande sofrimento final. Inicialmente pouco sentimos,
mas vai nos trazer grande sofrimento no fim.
3. O resultado
era a morte. Morremos
espiritualmente.
4. Uma serpente
de bronze foi levantada no deserto. Jesus Cristo
foi levantado em uma cruz no Calvário.
5. Só olhar
para a serpente de bronze restabelecia a vida. Só olhar para Cristo nos dá a
vida eterna.
Terminado
este episódio de castigo e salvação, o povo prosseguiu pelo caminho determinado
pelo SENHOR, parando para acampar em Obote, Ijé-Abarim, vale de Zerede, na
outra margem do Arnom, e em Beer, o nome de um poço com água abundante para o
povo.
Enquanto no
deserto eles estiveram se queixando e lastimando, agora eles cantaram um
cântico de alegria por causa do poço. Notemos o progresso:
1. A expiação (versículos 8, 9; João 3:14, 15)
2. A água, símbolo do
Espírito Santo (versículo16; João 7:37-39)
3. A alegria (versículos 17, 18; Romanos 14:17)
4. O poder (versículos 21:21-24, Atos 4:33).
Saindo de
Beer, continuaram indo primeiro para Mataná, depois Naaliel e Bamote, chegando
até um vale no campo de Moabe, de onde mandaram mensageiros a Seom, rei dos
amorreus, pedindo licença para passar pelo seu território.
O rei Seom,
ao invés de usar de diplomacia, não só recusou passagem, mas reuniu todo o seu
povo e foi ao encontro de Israel para combater contra ele. O SENHOR deu vitória
absoluta ao povo de Israel, que tomou então posse da terra e das cidades dos
amorreus, que estes haviam antes conquistado dos moabitas.
Havia
restado um grupo de amorreus em uma localidade chamada Jazer, dentro daquela
área. Depois de um reconhecimento que Moisés mandou fazer, os israelitas
expulsaram os amorreus e tomaram as suas aldeias.
O povo tomou
novamente o rumo do Norte, e foram enfrentados por Ogue, o rei de Basã, cujo
território ficava do outro lado do rio Jaboque. Mesmo antes da batalha o SENHOR
já havia dito a Moisés que havia entregue todo o povo e território de Basã em
suas mãos. E assim sucedeu: todo o povo que ali habitava foi destruído, e
Israel com isso adquiriu toda a região a leste do mar da Galiléia e do rio
Jordão, até o monte Hermom (Deuteronômio 3:8). Mais tarde o território de Basã
foi herdado pela tribo de Manassés.
Deus nos dá
vitória sobre os nossos inimigos espirituais também: a carne, o mundo, e o
diabo! Primeiro, porém, precisamos confiar em Cristo e depois tomar a nossa
armadura para combater (Efésios 6:13-18).
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