quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

Aviva, ó Senhor, a tua obra...



Aviva, ó Senhor, a tua obra...

“Ouvi, Senhor, a tua palavra, e temi; aviva, ó Senhor, a tua obra no meio dos anos, no meio dos anos faze-a conhecida; na tua ira lembra-te da misericórdia.” (Habacuque 3:2)

AMADOS! O texto mencionado remete a uma ideia clara sobre AVIVAMENTO, que pode ser do evangelho genuíno e espiritual, todavia, quero manifestar outra revelação do Espirito Santo concernente ao referido enunciado “aviva a tua obra Senhor”, sendo assim, entre as incontáveis obras de Deus não se pode negar que a principal seja o HOMEM, logo, ao lermos o texto e entre tantas vertentes de pensamentos sobre” A OBRA” o gênero humano encontrava-se morto espiritualmente (como muitos hoje).

A oração do profeta é para que Deus avive a sua obra “no meio dos anos”. Por que no meio dos anos? Porque quando começamos na fé normalmente o entusiasmo do primeiro amor é muito grande, a nossa fé é muito viva e a nossa vontade de obedecer a Cristo também. Mas com o passar do tempo o esfriamento bate a nossa porta e se não estivermos vigiando ele entra e nos faz um cristão carnal, um verdadeiro sal insipido para ser pisado pelos homens. Agora, se buscarmos o avivamento no decorrer da nossa carreira o esfriamento certamente não achará abrigo conosco e seguiremos sendo mais que vencedores.


Quando o profeta usa a expressão “na tua ira lembra-te da misericórdia” nos faz entender que o povo estava sendo provado. Quando o povo de Deus permite que o esfriamento se aloje em suas vidas o Senhor permite que as lutas venham para despertá-los. A bíblia garante que Ele age assim porque nos ama e quer nos ver na sua presença: “Porque o Senhor corrige o que ama, E açoita a qualquer que recebe por filho.” (Hebreus 12:6). Sendo assim, nosso dever é entender a vontade de Deus e recebermos com gratidão a sua correção. Ou ainda mais, procurarmos sempre vigiar para não sermos atingidos pelo esfriamento, mesmo antes de sermos provados.

A questão é como e por onde começar um avivamento para o homem?

A resposta encontramos emROMANOS 3:23 Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus;”

Porque assim como a morte veio por um homem, também a ressurreição dos mortos veio por um homem.1 Coríntios 15:21.

Sobre a necessidade de um avivamento perceberemos que este está atrelado ao plano de salvação elaborado por DEUS!


No primeiro livro da Bíblia (Gênesis) lemos que Deus criou tudo em perfeita harmonia. O homem foi criado à imagem e semelhança de Deus, onde lhe foi dado um espírito a fim de que pudesse comunicar-se com Deus, porque Deus é espírito. (João 4.24) Deus o pôs o homem em um jardim para lavrá-lo e guardá-lo. Adão e Eva poderiam comer de todo o fruto que havia lá, exceto da árvore do conhecimento do bem e do mal. Se comessem morreriam espiritualmente, Isto é, seu relacionamento com Deus terminaria. A obediência do casal era apenas uma prova de lealdade a Deus. Eles como seres morais com capacidade de escolha, enquanto obedecessem viveriam. Porém sabemos que eles desobedeceram e ocorreu a morte espiritual. Em Tiago 1.15 lemos: “depois, havendo a concupiscência concebida, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte.” Então perderam imediatamente a comunhão com Deus fugindo da presença de Deus. A partir daí eles ficaram contaminados com o pecado. Já que fomos criados para existir eternamente, (Eclesiastes 3.14) a morte espiritual de Adão e Eva foi transmitida a toda a humanidade. Para nos livrar das consequências presentes e eternas Deus elaborou um Plano de Salvação na pessoa de seu filho Jesus Cristo a fim de nos resgatar do pecado e seus efeitos.


O pecado leva a morrer em vários sentidos: Morte Espiritual, Física e Eterna. Em João 3.16 lemos: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” Durante nossa existência na terra temos uma única oportunidade de receber a Cristo como Salvador ou rejeitá-lo! Nosso destino na eternidade tem muito a ver com a nossa escolha. Todos os que confessam a Cristo publicamente como salvador, recebem a salvação de Deus. É um ato exclusivamente da graça e da misericórdia de Deus. Em Efésios 2.8,9 lemos assim: “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie.” Quem é salvo tem por garantia a vida eterna. A salvação significa ser livre da morte espiritual e eterna. Consideremos alguns sentidos da palavra morte e aprendamos mais sobre o seu significado:

A palavra morte vem do grego “thanatos” significando separação. A Bíblia fala de vários tipos de morte:



Morte espiritual (Gn 2.17) -Ocorreu primeiramente com Adão e Eva, ainda no jardim do Éden. Ao desobedecerem a Deus ficaram separados da comunhão divina. O homem nasce neste estado! (Gn 2.16,17; Rm 6.23; 1Jo 3.14; Jo 5.25, 1Tm 5.6; Tg 1.15 etc.)

Morte Física ou corporal (Gn 3.19) – É a separação das partes materiais e imateriais do ser humano. A matéria (corpo) volta ao pó. Significa “expirar”. (Gn 3.19; Jó 34.14,15; Gn 25.7-9; Sl 146.4; Tg 2.26, etc).

Morte Eterna ou segunda morte (Ap 21.8) – É falecer sem ter recebido a Cristo como Salvador. Estes aguardarão o Juízo Final onde serão julgados e lançados no Lago de fogo. E a separação definitiva da presença de Deus na “vida” do ser humano. Veja os textos: Hb 9.27; 2Ts 1.8,9; Ap 20.11-15; 21.8, etc.

Observação: Morte espiritual é o estado em que nascemos (separados de Deus) É também “viver” na prática do pecado, não se importando em conhecer a vontade de Deus para praticá-la. (Lc 15.32; Ef 2.1-3). Significa viver de forma mundana. (Tg 4.4; 1 Jo 2.15-17; 5.19) Esse tipo de morte pode ser temporária se a pessoa se converter enquanto vivo fisicamente. Cristo disse: “Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida.” (Jo 5.24) Isto significa que vai estar com Cristo quando morrer fisicamente. (Lc 23.43) Porém se passar pela morte física sem ter recebido a Cristo como salvador, não se convertendo, o destino é o Hades (inferno) onde aguardará o Juízo Final (Lc 16.23; Jo 12.48; Sl 9.17).

O AVIVAMENTO GENUÍNO: Inicialmente, vejamos o que não é avivamento:  1) O avivamento não é uma série de encontros especiais para orações, cruzadas evangelísticas, conferências, exposição bíblica, isto é, não é uma criação da igreja por meio de planejamentos e encontros especiais;

 2) O avivamento não é algo passageiro que começa num dia e termina no outro, assim, não se pode pensar que uma noite de êxtase espiritual (ou emocional) seja um avivamento, que, na verdade, é algo duradouro;

  3) O avivamento não é necessariamente uma questão de milagres, de fenômenos sobrenaturais ou mesmo de “sinais e maravilhas”, isso porque a existência de tais, não garante fidelidade às verdades básicas das Sagradas Escrituras; 
4) O avivamento não é evangelismo, esse sim, é resultante do avivamento, se pensarmos que cruzadas é sinônimo de avivamento, podemos achar que podemos fazê-lo por esforços próprios, através de atividades evangelisticas.

   As características de um avivamento genuinamente bíblico são as seguintes:  1) Percepção da presença de Deus – isso é claramente revelado em At. 2 e em Hc. 3.2 onde o profeta reconhece “Deus veio”, é uma experiência marcante;

 2) Disposição incomum para ouvir a Deus – devemos lembrar que o avivamento é uma resposta de fé, e essa, vem pelo ouvir a Palavra de Deus (Rm. 10.17);

3) convicção profunda do próprio pecado – vejamos o que aconteceu com o profeta Isaias, diante da manifestação do poder de Deus (Is. 6.3-5);

4) quebrantamento que leva à obediência em alegria (Nm. 8.17,18).



Passos para UM AVIVAMENTO:

A nossa conversão vem com a convicção de nosso estado pecaminoso. O Espírito Santo convence o homem do pecado, da justiça e do juízo. (João 16.8-11) Ele comunica ao homem que este precisa confessar a Cristo como Salvador para receber o perdão dos pecados. (Rm 10.8-11). Arrependimento é a fé estão inclusos no ato da conversão.

Arrependimento – Significa mudar de ideia, direção ou propósito. Se expressa através de uma tristeza por haver pecado contra Deus. Uma pessoa arrependida se dispõe a abandonar completamente a vida de pecado e se volta para Deus. O Espírito Santo é quem opera o arrependimento no homem. Veja a atitude do filho prodigo em Lucas 15.18-19. Leia também 2 Coríntios 7.10.

Fé – É a convicção de que Cristo nos aceita e nos perdoa. É Reconhecer que Deus é fiel em suas promessas. Isto nos traz certeza e profunda paz.  A parábola do filho pródigo mostra que ele depositou fé no pai, ele sabia que o pai o perdoaria e o aceitaria de volta! (Lc 15.18-20) Leia também Miquéias 7.18,19!

Justificação – É um ato da Graça de Deus onde Ele declara justo quem receber pela fé a Cristo como Salvador. É um termo judicial que lembra um tribunal onde Deus absolve o pecador (réu) de suas transgressões para com a Sua santa Lei e o declara justo e inocente. (Rm 5.1; 1 Co 6.11) A pessoa obtém a condição de estar em conformidade com Lei de Deus em todos os seus aspectos. (Rm 3.24)

Regeneração – É a natureza de Deus implantada em nós operando o novo nascimento. (Tg 1.18; 1 Jo 5.1; Tt 3.5) Também é  uma mudança de condição: Um pecador que servia ao diabo e era por natureza inimigo de Deus, em Cristo ele se torna filho de Deus através da adoção (Jo 1.12, 1 Jo 3.24)

Santificação – É um ato da Graça de Deus onde o pecador abandona as práticas pecaminosas e é restaurado à comunhão com Deus separando-se (santificando-se) para o serviço de Deus. (Lv 20.26; 1 Pe 2.9,10) Significa “andar na luz” (1 Jo 1.7). Nas palavras de Paulo, “agradar a Deus”(1Ts 4.1) e “viver de modo digno do Senhor.” (Cl 1.10) A santificação é tão importante que sem ela ninguém verá o Senhor.(Hb 12.14)
“Para que se saiba desde o nascente do sol, e desde o poente, que fora de mim não há outro; eu sou o Senhor, e não há outro.” (Isaías 45. 6)

O verdadeiro avivamento é aquele gerado pelo temor que nos traz a palavra de Deus “Ouvi, Senhor, a tua palavra, e temi”.


CONCLUSÃO: O avivamento é fundamental a sobrevida da igreja local, para isso, alguns valores precisam ser resgatados, especialmente, a oração – como o catalisador do avivamento; e o ensino da Palavra - como o combustível do avivamento. Diante de tudo que está acontecendo no meio cristão, resta-nos pensar no futuro da igreja. Não podemos esquecer que dependemos de Deus, sem Ele nada podemos fazer, a igreja é serva da Palavra de Deus, e diante desta deve sempre se dobrar. Assim como Habacuque, oremos para que o Senhor avive a Sua obra entre nós (Hb. 3.2). PENSE NISSO!


Autor: Mestrekamel

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