O
que significou quando o véu do templo rasgou, quando Jesus estava na Cruz?
Situação do Templo encontrada
por Jesus.
O
Véu Rasgado
Três dos quatro relatos bíblicos
do evangelho de Jesus incluem um comentário fascinante sobre um acontecimento
na hora da sua morte na cruz: “E o véu do santuário rasgou-se em
duas partes, de alto a baixo” (Marcos 15:38; compare Mateus 27:51
e Lucas 23:45).
O véu foi um tipo de cortina
pesada que separava as duas principais partes do templo dos judeus em
Jerusalém. Vários sacerdotes entravam diariamente na primeira parte, o Santo
Lugar. Mas somente o sumo sacerdote entrava na segunda parte, o Santo dos
Santos. Nem esse principal líder espiritual tinha o direito de entrar com
frequência. O sumo sacerdote entrava uma vez por ano para levar o sangue do
sacrifício da expiação, parte de um ritual especial para pedir perdão pelos
pecados do povo.
O Santo dos Santos representava
a presença de Deus. Pode ser comparado à sala do trono de um rei. Por Deus ser
o supremo e absolutamente santo rei, os homens pecadores não teriam acesso a
ele. O véu representava exatamente essa separação.
O profeta Isaías, talvez o homem
do Antigo Testamento que Deus mais usou para revelar seus planos de enviar o
Messias (Cristo), descreveu a separação causada pelo pecado: “Eis
que a mão do SENHOR não está encolhida, para que não possa salvar; nem surdo o
seu ouvido, para não poder ouvir. Mas as vossas iniquidades fazem separação
entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para
que vos não ouça. Porque as vossas mãos estão contaminadas de sangue, e os
vossos dedos, de iniquidade; os vossos lábios falam mentiras, e a vossa língua
profere maldade” (Isaías 59:1-3).
Desde a expulsão do primeiro
casal do Jardim do Éden, por causa do pecado que cometeram, Deus tem mostrado
esse triste resultado das transgressões dos homens. Quando pecamos, criamos uma
barreira entre nós e Deus. O véu do templo foi uma das maneiras que Deus
ensinou sobre essa separação.
Mas, quando Jesus morreu, o véu
foi rasgado. Foi rasgado de alto a baixo, mostrando que foi pela intervenção
divina que a barreira foi removida. Os homens nunca conseguiram resolver o
problema do pecado por mérito próprio, e assim não rasgaram o véu de baixo para
cima. Deus, pela morte do seu Filho na cruz, rasgou o véu.
O autor do livro de Hebreus explica
mais sobre esse efeito da morte de Cristo. “Ele falou da esperança prometida”.
. . a qual temos por âncora da alma, segura e firme e que penetra além do véu,
onde Jesus, como precursor, entrou por nós, tendo-se tornado sumo sacerdote
para sempre . . .”(Hebreus 6:19-20)”. Aqui ele mostra que o véu do
templo representava algo bem maior, uma separação entre os homens e Deus no
céu. Jesus entrou na presença do Pai no céu, abrindo acesso para homens
pecadores serem purificados e entrar no mesmo destino. O mesmo autor disse: “Quando,
porém, veio Cristo como sumo sacerdote dos bens já realizados, mediante o maior
e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, quer dizer, não desta criação,
não por meio de sangue de bodes e de bezerros, mas pelo seu próprio sangue,
entrou no Santo dos Santos, uma vez por todas, tendo obtido eterna redenção” (Hebreus
9:11-12).
O véu de separação foi rasgado,
e o que ficou no seu lugar foi o corpo de Cristo, sacrificado na cruz para nos
oferecer a reconciliação. No lugar da cortina de separação ficou a ponte de
ligação entre homens pecadores perdoados pelo sangue de Jesus e o próprio Deus: “Tendo,
pois, irmãos, intrepidez para entrar no Santo dos Santos, pelo sangue de Jesus,
pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou pelo véu, isto é, pela sua
carne” (Hebreus 10:19-20).
A morte de Jesus na cruz foi o
singular evento mais importante da História, pois foi por esse sacrifício que
Deus ofereceu para nós o perdão dos pecados, a reconciliação com o Criador e a
esperança da vida eterna. Graças a Jesus Cristo, o véu foi rasgado!
Narrativa da morte de Jesus e o
véu do Templo.
Dentre os textos bíblicos que
falam do véu do templo, este a seguir fala do acontecimento no momento da morte
de Cristo:
”Jesus,
porém, tornando a dar um grande grito, entregou seu o espírito. Nisso, o véu do
Santuário se rasgou em duas partes, de cima a baixo, a terra tremeu e as rochas
se fenderam” (Mateus 27,50-51).
O véu no Santuário separava o
lugar mais santo do templo o átrio onde os sacerdotes serviam a Deus. Nesse
preciso lugar do templo, somente uma vez por ano, um dos sacerdotes entrava e
somente este sacerdote, tinha acesso á presença de Deus. O homem estava
separado de Deus, desde a queda de Adão, da expulsão do Paraíso na ocasião das
origens Entretanto essa separação foi anulada com a morte de Cristo e sua
ressurreição dos mortos. Este acontecimento estabeleceu novamente uma à ponte,
e todo o Homem novamente teve acesso a Deus Pai. Com a morte de Jesus, essa separação
desapareceu. Assim que muitos estudiosos da Bíblia vêem neste véu o símbolo da
separação. A morte de Cristo rasgou o véu, a separação. O homem tem
vida nova em Cristo Jesus. O texto ainda trás o detalhe que o véu foi rasgado
de cima para baixo, para mostrar que tal ação partiu dos céus, de Deus e não de
algum homem.
O fato mostra ao Homem, que não
vem dele a capacidade de ser salvo, mas de Deus, através de Cristo que
possibilitou este rasgo no véu, que estabeleceu a ponte, abriu um caminho que
nos permite ir a Deus. Por isso rasgado de cima para baixo: do céu para a
Terra, de Deus, em direção ao Homem.
Concluindo:
O simbolismo do véu que se
rasgou é para mostrar que Deus saiu daquele lugar para nunca mais habitar em um
Templo feito por mãos humanas (Atos 17,24). Deus deu um fim ao Templo e seu
sistema religioso e de adoração. Não existe um lugar determinado para Deus
morar, não é o Templo de Jerusalém, nem em Roma ou qualquer outro lugar
importante deste mundo. Agora ele mora dentro do próprio homem e mulher, esta é
sua habitação ali ele esta para dar a eles a dignidade que merecem.
O Templo e Jerusalém ficaram
“desolados” (destruído pelos Romanos) em 70 D.C, assim com Jesus tinha
profetizado:
“Eis
que a vossa casa ficará abandonada” em Lucas 13,35.
Já a velha Aliança, não existe
mais, estamos agora passando à Nova Aliança que foi estabelecida por Cristo Jesus.
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