É lamentável a
postura que a maioria dos pregadores da atualidade independentemente de serem
famosos ou não tem demonstrado nos púlpitos da Igreja do Senhor Jesus, esta
falta reverência é no mínimo repugnante; os pregadores não têm se portado à
altura do ofício divino da pregação bíblica. Logo, por força dessa falta de
valores as congregações têm perdido sua identidade cristã, tornando-se
auditório comum e secular.
Gostaria de
destacar 8 valores que certamente deveriam estar presentes nos púlpitos
cristãos, princípios que fariam com que a pregação fosse muito mais relevante,
eficaz e qualificada. Há muitas outras razões, mas o espaço não nos permite
desenvolvê-las.
Fiquemos apenas com estes, abaixo
citados:
· Sermões devem ser cristocêntricos - O tema de
uma pregação não deve ser "matar um leão por dia", "vencendo o
monstro da depressão", mas sim a pessoa de Deus e Sua imensa graça. Para
ouvir mensagens de autoajuda nós buscamos palestras ou compramos livros;
púlpitos de igrejas devem falar de Deus, de Cristo, do Espírito Santo, da
graça, da alma, da vida eterna, e não de efemeridades meramente psicológicas.
"Mas para os que são chamados, tanto judeus como gregos, lhes pregamos a
Cristo, poder de Deus, e sabedoria de Deus. "(1Co 1:24)
· Pregadores devem ter postura - Está em voga o
abandono da gravata e tudo o que lembre formalismo. Então vemos nos púlpitos
pregadores que buscam não se parecer com pregadores. Uns vão com camisas de
times de futebol, outros com roupas de piquenique, outros ainda nem sequer se
preparam. Quem sofre é o púlpito, que vira algo irrelevante e desprezível.
Assim como se espera um governo digno e elegante, ou um médico e bombeiro bem
fardados, também se espera que o pregador tenha uma postura digna no exercício
da pregação da Palavra de Deus. Elegância, simplicidade, humildade: quesitos
que valorizam o púlpito.
· As mensagens devem ter linguagem sadia - Que
tristeza ver um pregador que não sabe falar português! Que incômodo ouvirmos
mensagens cheias de gírias e palavras deselegantes! Um bom sermão deve ser
simples, de linguagem clara e compreensível, sem ser inadequada, inconveniente,
deselegante. O pregador deve ser correto no uso da linguagem. "Linguagem
sã e irrepreensível, para que o adversário se envergonhe, não tendo nenhum mal
que dizer de nós." (Tt 2:8)
· Pregadores não devem obrigar o auditório a
interagir – Que deselegância e inconveniência a atitude de pregadores que, por
falta do que dizer, interrompem o sermão e determinam: "vire para o seu
irmão ao lado e diga...". Isso é mediocridade e falta de argumento. Cristo
nunca usou desse artifício barato. A resposta ao sermão deve vir da alma que se
propõe a praticar o que aprende, não de um auditório adolescente que entra num
jogo de falar e escutar. Quem prega a Bíblia com conteúdo não precisa dessa
banalidade. "Que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo,
redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina." (2Tm
4:2).
· Púlpito não é lugar para política - Há sermões
que descem do Céu para tomarem as bandeiras das lutas sociais. Transformam o
auditório bíblico em palanque de lutas partidárias ou ideológicas. Quando não,
em época de eleições, cedem seus púlpitos para que políticos deem seus recados.
Isso é adultério espiritual. Para os políticos existem as tribunas. Para os
pregadores os púlpitos. Política cuida do Reino do Mundo; Igreja cuida do Reino
de Deus. "E Jesus, respondendo, disse-lhes: Dai, pois, a César o que é de
César, e a Deus o que é de Deus. E maravilharam-se dele." (Mc 12:17).
· O púlpito deve ser o terminal de um processo,
não o início -Pregadores que não se preparam, que não oram, que não organizam
suas ideias antes da pregação geralmente oferecerão muito pouco e suas
mensagens não seguirão por dez minutos depois de seu término. Sermões eficazes
começam de joelhos. Boas pregações são pensadas por longo tempo. São fruto de
pesquisa, de estudo, de erudição, de preparo, mas, principalmente, da graça do
Senhor sobre a vida de quem prega sob sua direção. "Persiste em ler,
exortar e ensinar, " (1Tm 4:13).
· O púlpito não deve ser tribuna de autopromoção -
Há mensagens que não passam de bajulação disfarçada ou de egolatria exacerbada.
Prega-se o homem, não a Cristo. Prega-se o servo, não o Senhor. Prega-se a obra
de Deus, não o Deus da obra. Sermões desse tipo poderiam ter como hino o que
diz: "Sim, há de ser GLÓRIA PARA MIM, GLÓRIA PARA MIM, GLÓRIA PARA MIM”.
Um sermão bíblico aponta para outro caminho: o caminho da glória divina e da
incapacidade humana; aponta para a honra a Cristo e a submissão do pecador.
Qualquer coisa diferente disso é jactância mundana, não pregação bíblica:
"É necessário que Cristo cresça e que eu diminua." (Go 3:30). Espero
sinceramente que os nossos púlpitos melhorem em qualidade. Um bom púlpito pode
transformar uma igreja. Um sermão qualificado em um pregador capaz pode ser a
fagulha que acende um reavivamento na Obra do Senhor. Que sejamos pregadores
fiéis em nome de Jesus. Amém.
Longe de mim ser o dono da verdade, apenas estou externando minha
indignação, pois o zelo com a casa de DEUS não me permitir ser passivo com
estas atitudes que maculam o púlpito do altar da Igreja de Nosso SENHOR JESUS
CRISTO....
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