A
rede é o instrumento de trabalho de um pescador, por isso, ele a mantêm em
perfeita condição de uso!
Observações gerais acerca de “pescar”
homens
O trabalho importantíssimo de pregar
o evangelho ao mundo não terminou com a morte de Jesus e seus apóstolos. De
fato, Jesus disse que a morte e a ressurreição dele eram apenas etapas no plano
de Deus para a salvação. Uma outra etapa necessária seria a pregação destas
boas novas “a todas as nações, começando de Jerusalém” (veja Lc. 24:44-47).
Portanto, este trabalho continuará até que o Senhor volte. Então, o que
aprendemos daquele dia sobre a pregação do evangelho?
A “pesca” se faz por rede, e não por isca e anzol (Lc.5:4-6).
Muitas pessoas praticam a “pregação
do evangelho” como se fossem pescadores com anzóis. Preparam uma “isca” para
atrair o maior número de pessoas – e quando estas enfiam o anzol nas suas
bocas, dificilmente se desprendem. Muitos prometem “riquezas” ou “bençãos” aos
que frequentam as suas igrejas e pagam os dízimos com fidelidade. Outros
oferecem “curas” ou “descarrego”, e ainda outros dizem ser os únicos que
entendem a palavra da verdade. Com tanta isca por aí, ouvir o “evangelho” acaba
sendo apenas uma busca pelo que parece bem aos próprios ouvidos (veja 2 Timóteo
4:3-4).
Mas Jesus ensinava a pregação do evangelho na
imagem de uma rede.
Certa vez, falando acerca do reino do
céu, ele disse: “é... semelhante a uma rede, que lançada ao mar, recolhe peixes
de toda espécie. E, quando já está cheia, os pescadores arrastam-na para a
praia e, assentados, escolhem os bons para os cestos e os ruins deitam fora.
Assim será na consumação do século: sairão os anjos, e separarão os maus dentre
os justos...” (Mateus 13:47-49). A questão não é de “atrair” as pessoas com
doutrinas e grandes promessas. Antes, o que é necessário é de lançar a mesma
rede do evangelho sobre todos, sabendo que “é o poder de Deus para a salvação
de todo aquele que crê...” (Romanos 1:16).
Deste modo, não cabe ao “pescador” decidir onde e
quando irá “pescar” e nem mesmo qual “isca” irá usar. Quem prega o evangelho
deve pregar a todo tempo e “a toda criatura” (Marcos 16:15; veja também 2 Timóteo
4:1-2).
Se todo o evangelho for pregado, ele irá
arrastar os homens, assim como peixes numa rede. Repare que este foi o trabalho
do apóstolo Paulo, que explicou: “Antes de tudo, vos entreguei o que também
recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e que
foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras” (1
Coríntios 15:3-4). Ele simplesmente decidiu nada saber entre eles, "senão
a Jesus Cristo e este crucificado” (1 Coríntios 2:2).
A “pesca” terá sucesso apenas se for “sob a....
palavra” de Jesus (Lc. 5:5).
Como os pescadores aprenderam, Cristo
é a chave. Sem ele, nada pescaram, embora usassem todo o seu esforço e
recursos. Com ele, num único lançamento da rede, pescaram infinitamente mais de
que já haviam visto. A nossa experiência, as nossas ideias, as nossas maneiras
de alcançar o mundo perdido não são nada sem ele. Pessoas influentes e até
igrejas inteiras têm feito programas “em nome de Jesus” que nada têm a ver com
ele e que não ajudam a ninguém no sentido de escapar do pecado (veja Mateus
7:21-23; 23:15; Colossenses 2:20-23).
Jesus disse: “Ide, portanto, fazei
discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do
Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado”
(Mateus 28:19-20). Assim, cristãos não são pessoas que aprenderam todos os
pormenores da doutrina de Cristo. Cristãos são pessoas que, ao ouvirem o
evangelho de Jesus, se submetem a obedecê-lo em tudo. As pessoas convertidas no
dia de Pentecostes, por exemplo, pouco sabiam das doutrinas específicas dadas à
igreja. Afinal, muitas destas doutrinas ainda não haviam sido reveladas.
Portanto, após mostrarem seu arrependimento e serem batizadas, estas pessoas
recém-convertidas “perseveravam na doutrina dos apóstolos...” (Atos 2:37-42).
Mais tarde, os apóstolos iriam encorajá-los, dizendo “desenvolvei a vossa
salvação...” (Filipenses 2:12), “desejai ardentemente, como crianças
recém-nascidas, o genuíno leite espiritual, para que, por ele, vos seja dado
crescimento para salvação...” (1 Pedro 2:2), “crescei na graça e no
conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo...” (2 Pedro 3:18), e
muitas outras exortações semelhantes.
Ser “pescador de homens” exige uma mudança de
“profissão” (5:10-11).
Não obstante o que fazem para ganhar
a vida, cristãos deveriam ter como profissão principal lançar a rede do
evangelho. Quando fazemos compras, devemos lançar a rede. Na escola, no
trabalho, ou no lazer, devemos lançar a rede, “de sorte que somos embaixadores
em nome de Cristo, como se Deus exortasse por nosso intermédio” (2 Coríntios
5:20).
Em determinadas situações Deus age
como Jesus agiu com Pedro. Faz-nos ver e entender que nossos esforços são
vazios, pois Ele deseja nos mostrar algo grandioso. Naquela manhã Jesus vem até Pedro e diz: a
Simão: Vá para onde as águas são mais fundas. Sabemos o que aconteceu:
Pedro consegue pescar tantos peixes que as redes quase se rasgaram. O que nós
podemos aprender para nossas vidas hoje sobre isso? É nas águas profundas que a
Palavra de Deus se cumpre. E o que são as águas profundas nada se não a comunhão
com o Espírito Santo.
Ao confiarmos na Palavra de Deus estaremos abrindo espaço para a comunhão com o Espírito Santo e estaremos indo para onde as águas são profundas. Deus diz em Jeremias 33.3: “Clame a mim e eu responderei e lhe direi coisas grandiosas e insondáveis que você não conhece”, existe sim algo mais profundo para aprendermos, existe um conhecimento disponível para nós a respeito de Deus que Ele deseja que saibamos.
O que precisamos fazer é obedecermos
a Palavra de Deus e buscarmos águas mais profundas, pois é lá que o Senhor vai
nos mostrar onde lançarmos as redes e assim conhecermos as maravilhas que Ele
tem para nós. Existem diferentes profundidades no conhecimento a respeito
de Deus. Existe uma nascente no Templo e a partir desta nascente tudo é
purificado e os povos e animais são abençoados, existe uma distância a ser
caminhada, a profundidade do conhecimento de Deus não pode ser confundida com
uma falsa bênção.
Estamos falando de comunhão com Deus
e conhecimento de Deus e isso leva tempo. Cada vez que perseveramos no
conhecimento de Deus iremos alcançar uma nova profundidade. Deus vai se revelar
cada vez mais a cada um de nós e estaremos, nesse caminho, conhecendo a Deus de
forma mais profunda. E isso é maravilhoso! A cada passo estaremos mais de
acordo com a vontade dEle e estaremos mais perto do que Ele tem sonhado para
nós.
A água que sai do templo vai
purificando tudo por onde passa, da mesma forma acontece com o conhecimento de
Deus que desenvolvemos. Ele não serve somente para nós mesmos, mas Deus vai nos
usar para abençoar a outros. Vai fazer-nos alcançar outras vidas e se revelar
através do que Ele tem nos ensinado para que outros também o vejam. Devemos,
porém, nos cuidar para não cair nas falsas doutrinas que nos levam a conhecer a
Deus de uma forma que Ele não tem se apresentado a nós.
Quando Jesus leva Pedro às águas
profundas e as redes são lançadas, voltam cheias, carregadas de peixes e quase
se rasgando. As redes de um pescador são seu principal meio de trabalho. Por
isso todos os dias o pescador revisa suas redes para tampar os furos por onde
os peixes podem escapar. Quando Deus nos usar precisamos confiar que Ele vai
estar nos preparando para realizar seu plano, nos capacitando a cada dia e
tirando de nós as coisas que podem nos fazer deixar escapar os peixes que Ele
deseja pegar, nós somos as redes que Ele usa, a água é o conhecimento de Deus
onde mergulhamos para ir mais profundo e a partir deste conhecimento nós somos
usados para abençoar outras vidas
Professor: Robson Castro (Mestrekamel)
Nenhum comentário:
Postar um comentário