Exercendo a autoridade
pela fé sobre pecado e doença.
Tg.5: 14-15 Está doente algum de vós? Chame os anciãos da
igreja, e estes orem sobre ele, ungido-o com óleo em nome do Senhor; e a oração da fé salvará o doente, e o Senhor
o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados.
Em relação aos
enfermos fisicos e espirituais todos os obreiros revestidos de unção mediante a
plena comunhão com Espírito Santo devem ir ao encontro dos doentes afim de que os curem pelo poder do nome de
Jesus.
Para isso,
quatro fundamentos básicos devem ser observados e aplicados:
·
Orar sobre o doente.
·
Ungir o doente com azeite.
·
Invocar o nome do Senhor.
·
Orar a oração da fé.
Quanto ao
azeite seu uso é meramente figurativo, uma vez que, a autoridade e unção está
no nome de Jesus sendo liberada através da comunhão do vaso (obreiro)e da fé de
ambos, ou seja, é necessário que tanto o obreiro e o doente creiam na cura.
Atendem que o trecho da palavra de Deus resalta que se
houver pecado será perdoado, é sempre bom lembrar que nem toda enfermidade é
consequência de pecado. Caso a doença seja por pecado é necessário a confissão
para que haja cura e perdão.
Muitos
versículos poderiam ser postados para serem analisados, todavia, nos
limitaremos a três exemplos de cada Testamento.
Antigo
Testamento
Todo cristão
genuíno reconhece o Antigo Testamento como vera palavra de Deus (2Tm 3.16-17).
Existem, então, alguns versículos que demonstram a relação entre doença e
pecado.
- Jó
"Havia um
homem na terra de Uz, cujo nome era Jó; e era este homem íntegro, reto e
temente a Deus e desviava-se do mal" (Jó 1.1). O exemplo do nobre Jó é por
demais valioso, pois nos ensina que nem sempre as doenças e dificuldades são
uma retribuição da parte de Deus, devido a algum pecado cometido (embora todos
sejam pecadores). Lemos que Jó sequer pecou depois de perder todos os seus
bens, bem como seus filhos. Em verdade, a atitude de Jó foi ímpar: "Nu saí
do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá; o Senhor o deu, e o Senhor o
tomou: bendito seja o nome do Senhor" (Jó 1.21) e "Em tudo isto Jó
não pecou, nem atribuiu a Deus falta alguma" (Jó 1.22). Jó reconheceu que
todas as coisas que havia recebido foram vindas do Senhor. Nada que ele possuía
havia sido adquirido por mérito próprio. Tudo fora graciosamente dado pelo
Senhor.
Neste primeiro
exemplo, aprendemos que as doenças não possuem, necessariamente, condenação por
causa de algum pecado cometido.
- Coré e os
seus
"E a
terra abriu a sua boca, e os tragou com Coré, quando morreu aquele grupo;
quando o fogo consumiu duzentos e cinqüenta homens, os quais serviram de
advertência. Mas os filhos de Coré não morreram" (Nm 26.10-11).
O Senhor
demonstra o que ocorreu a Coré e todo o seu grupo devido à desobediência ao
Senhor. No capítulo 16 é narrado que Coré e mais "duzentos e
cinqüenta homens dos filhos de Israel, príncipes da congregação" (Nm
16.2), se indignaram com o fato de somente alguns homens escolhidos poderem
oferecer incenso ao Senhor (v.3). A penalidade para tal atitude foi a morte
para todos eles. Todos aqueles homens morreram devido ao seu pecado. A morte
dos tais, nos diz a palavra, serviu "de advertência".
Mas há um fato
diverso, neste ponto: "Mas os filhos de Coré não morreram". Por algum
motivo soberano e imperscrutável, o Senhor não se agradou de matar os filhos
daquele rebelde.
Neste segundo
exemplo, aprendemos que a desobediência ao Senhor tem graves consequências para
os que a cometem e não se arrependem, não havendo, porém, necessária condenação
sobre sua descendência.
- Jeorão e
o povo
"E,
subindo Jeorão ao reino de seu pai, e havendo-se fortificado, matou a todos os
seus irmãos à espada, como também a alguns dos príncipes de Israel [...] E
andou no caminho dos reis de Israel, como fazia a casa de Acabe; porque tinha a
filha de Acabe por mulher; e fazia o que era mau aos olhos do Senhor [...] Então
lhe veio um escrito da parte de Elias, o profeta, que dizia: [...] Eis
que o Senhor ferirá com um grande flagelo ao teu povo, aos teus filhos, às tuas
mulheres e a todas as tuas fazendas. Tu também terás grande enfermidade por
causa de uma doença em tuas entranhas, até que elas saiam, de dia em dia, por
causa do mal [...] E depois de tudo isto o Senhor o feriu nas suas
entranhas com uma enfermidade incurável. E sucedeu que, depois de muito tempo,
ao fim de dois anos, saíram-lhe as entranhas por causa da doença; e morreu
daquela grave enfermidade" (2Cr 21.4, 6, 12, 14-15, 18-19).
Jeorão foi um
rei terrível e maligno. Ele "fazia o que era mau aos olhos do Senhor".
Aquele homem, em vez de andar nos caminhos do Senhor, preferiu andar no "no
caminho dos reis de Israel". Ele, sendo rei de Judá, a tribo na qual
nasceria o Salvador (Mt 2.6), não viveu de acordo com a sã doutrina. Pecou
gravemente contra o Senhor e teve sua sentença: doenças e morte.
Vemos, também,
que não somente Jeorão foi afligido com a doença, mas, sim, conforme diz o
Senhor, "ferirá com um grande flagelo ao teu povo, aos teus filhos, às
tuas mulheres e a todas as tuas fazendas". Toda a comunidade de Judá foi
prejudicada pelo terrível seguimento de Jeorão - até suas fazendas (animais,
agricultura) sofreram perdas incontáveis.
Aprendemos,
então, que a doença pode também ser fruto da desobediência, alcançando,
inclusive, aqueles que estão sob domínio daquele que pecou e instigou ao
pecado, pois os tais não se desviaram do mal.
Novo
Testamento
- O homem cego
"E,
passando Jesus, viu um homem cego de nascença. E os seus discípulos lhe
perguntaram, dizendo: Rabi, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse
cego? Jesus respondeu: Nem ele pecou nem seus pais; mas foi assim para que se
manifestem nele as obras de Deus" (Jo 9.1-3).
Aquele homem
jazia às margens da sociedade, sendo por ela desprezado. A Bíblia nos diz que
era cego de nascença. Ao olharem para ele, conhecendo o Antigo Testamento, os
apóstolos inquirem o Mestre sobre quem havia pecado, pois pensavam que toda
doença tinha relação com algum pecado específico. Cristo, porém, lhes afirma
que a doença não era vinda de algum pecado (embora todos pequem) e, por isso,
resultado do mesmo, senão "para que se manifestem nele as obras de Deus".
Aprendemos que
nem toda doença é para morte. Assim como Jó, que após sofrer nas mãos de Deus,
disse, "Com o ouvir dos meus ouvidos ouvi, mas agora te vêem os meus
olhos" (Jó 42.5), também este homem havia sido criado cego por Deus, a fim
de Seu nome ser glorificado.
- Ananias e
Safira
"Disse
então Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses
ao Espírito Santo, e retivesses parte do preço da herdade? [...] E
Ananias, ouvindo estas palavras, caiu e expirou. E um grande temor veio sobre
todos os que isto ouviram [...] E, passando um espaço quase de três
horas, entrou também sua mulher, não sabendo o que havia acontecido [...] Então
Pedro lhe disse: Por que é que entre vós vos concertastes para tentar o
Espírito do Senhor? Eis aí à porta os pés dos que sepultaram o teu marido, e
também te levarão a ti. E logo caiu aos seus pés, e expirou. E, entrando os
moços, acharam-na morta, e a sepultaram junto de seu marido. E houve um grande
temor em toda a igreja, e em todos os que ouviram estas coisas" (At 5.3,
5, 7, 9-11).
O caso de
Ananias e Safira é um dos mais conhecidos e assustadores exemplos de morte que
temos sob o Novo Testamento. Este casal, no intento de reter para si uma parte
do dinheiro que obtiveram com a venda de uma propriedade, mentiu ao Espírito
Santo, tentando enganar os apóstolos do Senhor. Tentaram ao Senhor com mentiras
diabólicas e ouviram o decreto: morte instantânea.
Aprendemos que
o Senhor pode e tem poder para tanto, porque é Deus e soberano, retirar a vida
de qualquer homem ou mulher. O Eterno e Onipotente já havia
declarado: "Há tempo de nascer, e tempo de morrer" (Ec 3.2). Por
causa de desobediência, Ananias e Safira viram a morte.
- A ceia do
Senhor
"Examine-se,
pois, o homem a si mesmo, e assim coma deste pão e beba deste cálice. Porque o
que come e bebe indignamente, come e bebe para sua própria condenação, não
discernindo o corpo do Senhor. Por causa disto há entre vós muitos fracos e
doentes, e muitos que dormem" (1Co 11.28-30).
Esta passagem
deveria aterrorizar todos os profanos e falsos seguidores do evangelho. A
Escritura deixa evidente que se pode ser participante de uma igreja, ser membro
da mesma, frequentar as atividades e ir assiduamente ao culto, participando,
inclusive, da ceia do Senhor - entretanto, recebendo a condenação de morte, por
blasfemar sobre o sacrifício vicário de Cristo, fazendo ignomínia de Sua morte.
Aprendemos o
fato do Senhor punir até mesmo pessoas dentro da igreja, por não O tratarem com
a devida seriedade, santidade, justiça e verdade que são devidas.
Resumindo
Para que o
leitor possa ser devidamente edificado, eis o resumo, lembrando, sempre, que
nada acontece alheia à vontade do Senhor (Lc 21.18).
1. Há
doenças que não são vindas por causa do pecado. Para estas, o Senhor fornece
Sua promessa: "O Senhor o sustentará no leito da enfermidade; tu o
restaurarás da sua cama de doença" (Sl 41.3).
2. Há
doenças que são vindas por causa do pecado e devem ser recebidas graciosamente
por nós: "Porque o Senhor corrige o que ama, E açoita a qualquer que
recebe por filho" (Hb 12.6). A razão para ele corrigir Seus filhos é
porque os ama - "O que não faz uso da vara odeia seu filho, mas o que o
ama, desde cedo o castiga" (Pv 13.24).
3. Há
doenças que são vindas por causa do pecado, mas que não são acompanhadas de
arrependimento. Tais doenças são para extirpar o pecado do meio de Sua Igreja e
sociedade: "Quando no meio de ti, em alguma das tuas portas que te dá
o Senhor teu Deus, se achar algum homem ou mulher que fizer mal aos olhos do
Senhor teu Deus, transgredindo a sua aliança. Que se for, e servir a outros
deuses, e se encurvar a eles ou ao sol, ou à lua, ou a todo o exército do céu,
o que eu não ordenei [...] As mãos das testemunhas serão primeiro
contra ele, para matá-lo; e depois as mãos de todo o povo; assim tirarás o mal
do meio de ti" (Dt 17.2-3, 7).
Autor: Robison Castro. Dc. Da IEDAM. Área
71 Cong. 13
Contatos: 92-98835-5379 / 99293-3602
professorkamelo@gmail.com
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