sábado, 4 de dezembro de 2021

O MARTELO DE DEUS

 


O que significa martelo na Palavra de Deus?

A Palavra de Deus é uma marreta grande e pesada que pulveriza o ímpio para sempre no inferno, enquanto os crentes experimentam o martelo de Deus quando ele esmaga a nossa teimosia e dureza de coração. Ele quebra o nosso coração e nos capacita a viver conforme o novo homem.

“Minha palavra não é poderosa, como fogo?” ou “O poder da minha palavra não é como fogo?” Mas, por mais que entendamos as palavras, tomemos cuidado para que pensemos como alguns pensaram e afirmaram que os escritos sagrados são suficientes para iluminar, convencer e converter a alma, e que não há necessidade do Santo Espírito. O próprio fogo deve ser aplicado por um agente para produzir seus efeitos; e certamente o martelo não pode quebrar a rocha em pedaços, a menos que seja manejado por um operário capaz. E é somente o Espírito de Deus que pode aplicá-lo; pois achamos que é lida e falada com frequência, sem produzir efeitos salutares. E por isso mesmo os verdadeiros pregadores da palavra de Deus podem ser distinguidos dos falsos, não comissionados; os que correm, embora não sejam enviados, Jeremias 23:21. A palavra daquele que recebe sua comissão do céu será como fogo e como martelo; os pecadores serão convencidos e convertidos a Deus por ele. Mas os outros, apesar de roubarem a palavra do próximo – tomam emprestado ou furtam um bom sermão, mas não aproveitam o povo, porque Deus não os enviou, Jeremias 23:32; pois o poder de Deus no ministério deles não acompanha a palavra.

A PALAVRA DE DEUS É COMO UM MARTELO

Dizem que a caneta é mais poderosa que a espada, ou seja, que as palavras podem ser poderosas armas. Uma palavra descuidada e dura pode cortar uma pessoa como uma faca. Palavras também podem ser ferramentas úteis, palavras sábias ditas na hora certa podem impedir a tragédia. Uma palavra gentil também pode proporcionar conforto e consolo a alguém que está sofrendo.

Jeremias compara a palavra de Deus a um martelo. Uma das primeiras coisas que usaríamos um martelo seria bater, ou até mesmo quebrar. Essa é a imagem que Deus pinta a respeito de sua santa Palavra. Funciona como uma marreta – quebrando e quebrando. É exatamente assim que Jeremias entendeu a Palavra de Deus a ser usada.

Podemos pensar que podemos contradizer sua Palavra, a fim de encontrar liberdade e felicidade, mas, no final, nos encontramos brincando com mentiras. O Senhor esmaga nossas defesas, quebrando nossas fortes mentiras e esmagando nossos corações autossuficientes. Ao mesmo tempo, Ele usa sua poderosa Palavra para construir corações. Deus quebra o invólucro teimoso para chegar ao cerne da questão – corações podres e infestados pelo pecado. Ele revela toda a fraqueza e fragilidade, para que ele possa substituí-lo.

 “O homem verdadeiramente sábio é aquele que acredita na Bíblia contra a opinião de qualquer homem”. Se a bíblia diz uma coisa, e qualquer um dos homens diz outra, o sábio decidirá: “Este livro é a Palavra daquele que não pode mentir”. O Espírito Santo esmaga nossos corações teimosos, arranca tudo o que está podre e substitui com o bem. Ele nos lembra de que Deus martelou seu próprio Filho em nosso lugar. Ele o martelou na cruz. Cristo Jesus sofreu por nossa teimosia, dúvida e preocupação. Ele foi pregado na cruz pelos nossos corações duros.

Na Bigorna de Deus

“Com um forte braço, o ferreiro vestido com um avental põe as pinças dentro do fogo, agarra o metal fervendo e o coloca sobre a bigorna”. O seu olho aguçado examina a peça ainda em brasa. Ele vê o que a ferramenta é agora e visualiza o que ele quer que ela seja — mais cortante, mais achatada, mais larga, mais comprida. Com uma visão mais clara em sua mente, ele começa a martelá-la. A sua mão esquerda ainda segura as pinças com o metal quente; e a mão direita bate no metal moldável com uma marreta.

Na sólida bigorna, o ferro ainda em combustão começa a ser remodelado. O ferreiro sabe o tipo de instrumento que ele quer. Ele sabe o tamanho e o formato. Ele sabe a força necessária para moldar conforme o seu plano para a obra em que vai usa-lo, mas, a resposta não vem fácil, não sem um desconforto. Para derreter o ferro velho e refundi-lo como novo passa-se um processo de ruptura. O metal ainda se mantém na bigorna, permitindo que o ferreiro remova as cicatrizes, repare as rachaduras, preenche as lacunas e purifique as impurezas. E com o tempo, uma mudança ocorre: o que era sem corte se torna afiado, o que era torto se torna reto, o que era fraco se torna forte, e o que era inútil se torna valoroso. Então o ferreiro para cessam as batidas e coloca o martelo de lado, com um forte braço esquerdo levanta as pinças até que o metal recém-moldado esteja à altura dos seus olhos e em silêncio examina a ferramenta em brasa. O implemento incandescente é girado e examinado para ver se existem marcas ou rachaduras.

Agora o ferreiro entra no estágio final da sua tarefa. Ele mergulha o instrumento ainda quente dentro de um tonel de água. Com um sonido e uma movimentação de fumaça, o metal imediatamente começa a endurecer. O calor se rende ao ataque furioso da água fria e o mineral maleável e mole se torna uma ferramenta útil e inflexível.

Talvez você já tenha passado por algum momento de tristeza, e por todos os tipos de provações. Elas vieram para que a sua fé — que tem mais valor do que o ouro, que perece ainda que refinado pelo fogo — seja provada genuinamente e resulte em louvor, glória e honra quando Jesus Cristo for revelado (I Pedro 1.6-7).

Na bigorna de Deus. Talvez você já tenha estado lá derretido, sem forma e desfeito. Colocado na bigorna para… ser refeito? Um pouco de dureza encerra muitas coisas. Disciplina? (Disciplinas de um bom pai.) Testes? (Mas por que tão duros?). Eu sei. Eu passei por isso. É desagradável. É uma queda espiritual, é uma penúria. O fogo se apaga. Embora o fogo talvez queime por um momento, mas logo desaparece. É uma inclinação decrescente. Decrescente para dentro de um nublado vale de perguntas, a planície do desencorajamento. A motivação se enfraquece. O desejo se distancia. As responsabilidades são deprimidas.

Ela pode ser causada por uma morte, o fim de um relacionamento, uma falência ou um desânimo para orar. A luz é apagada e o quarto se torna em trevas. ‘Todas as zelosas palavras de ajuda e esperança foram gentilmente ditas. Mas ainda estou machucado, pensativo… ’ espero que você não esteja passando por um tempo de provação. (A menos que esteja precisando de um, e se estiver precisando, então espero que você passe.) Tempos de provações não são para serem desprezados; eles são para serem experimentados. Tempos de provações nos fazem lembrar de quem somos e de quem Deus é. Não deveríamos tentar escapar deles. Deus vê as nossas vidas do começo ao fim. Talvez ele nos faça passar por uma tempestade aos 30 anos de idade para que possamos suportar um furacão aos 60. Um instrumento é útil somente se ele estiver na forma certa. Um machado sem corte ou uma chave de fenda torta precisa de atenção, e nós também. Um bom ferreiro mantém as suas ferramentas em boa forma. E Deus faz o mesmo.

Se Deus permitir uma provação em sua vida, seja grato a Ele por isso. Isso significa que Ele pensa que você ainda pode ser melhorado.

Este é o tempo de você ser forjado? Como é isso?

O que você espera enquanto está sendo moldado novamente?

Deus deixou uma impressão em sua vida? O que isso significa para você?”

 

P.S.: Eu quero ser um instrumento nas mãos de Deus para marcar a minha geração e não vou me recusar a ser moldado por Deus mesmo que isso tenha dor, desconforto e mudança. Quanto mais eu me exponho ao trabalhar de Deus mais parecido com Ele ficarei.

 

Apóstolo ROBISON CASTRO

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