quinta-feira, 17 de agosto de 2017

A MEMÓRIA DE UM DEUS QUE MESMO ABANDONADO NÃO DEIXA DE AMAR SUA NOIVA!!!



Texto base: Jr. Cps. 2 e 4

            Jeremias desafiou o povo de Judá a lembrar-se de Deus. O período de noivado entre Deus e Israel no deserto foi um tempo em que Israel andava após, adorava, o Senhor. Israel era santidade para o Senhor e era as primícias da sua novidade. As primícias, por direito, pertenciam a Deus (Dt 26.1-11); e a santidade é algo requerido daquele que é separado para a glória de Deus. Nos dias de Jeremias, o povo de Judá não mais se lembrava dos dias em que seus antepassados haviam adorado e obedecido a Deus.

2.1-3 — O capítulo 2 é apresentado na forma de um processo judicial, ou seja, um indiciamento apresentado por Deus contra Seu povo (Jr 2.1-3.5). Esse processo judicial geralmente continha os seguintes elementos:

(1) uma descrição das bênçãos e dos benefícios do relacionamento;
(2) um chamado para que as testemunhas no céu e na terra se apresentassem;
(3) acusações e indiciamento contra o réu;
(4) referência à futilidade de buscar ajuda em outras fontes; e
(5) uma ameaça de julgamento e a descrição da punição.


            A apostasia (afastamento) é um dos primeiros aspectos que denunciam a quebra de aliança do homem para com Deus, ou seja, da Noiva (igreja=membresia=fiés)) para com seu noivo (Jesus); isto é notório vs 5(Assim diz o SENHOR: Que injustiça acharam vossos pais em mim, para se afastarem de mim, indo após a vaidade, e tornando-se levianos?) Vaidade significa futilidade, vapor ou inutilidade. O termo hebraico traduzido como ir após é utilizado nos livros de Jeremias e de Deuteronômio para descrever a adoração a ídolos e outros deuses. Tomando-se levianos. Aqueles que servem a ídolos, que são apenas vaidade, tornam-se eles próprios inúteis.2 .6 — Ao buscar outros deuses, o povo de Israel perdeu de vista sua identidade como povo eleito de Deus. Esqueceu-se de como Deus o libertara da opressão no Egito e lhe dera alimento, água e proteção no deserto durante 40 anos.



            2.9 — Acusações de apostasia e idolatria são apresentadas formalmente em Jeremias 2.9-13.

            2.10,11 — As acusações são as mais terríveis já vistas no céu e na terra. Em linguagem hiperbólica, o profeta revela a surpreendente realidade do caráter do povo. A única nação cujo Deus era o Senhor estava sendo ao mesmo tempo a única nação a trocá-lo por outros deuses. O ouvinte é desafiado a buscar pelo mundo, de leste a oeste, desde as costas de Quitim até a região desértica de Quedar (Jr 49.28,29), para tentar encontrar uma ocorrência tão estranha. O desafio é apresentado como uma pergunta retórica negativa: Houve alguma nação que trocasse os seus deuses, posto não serem deuses? Obviamente isso não havia acontecido. Cada nação ou cidade cultuava a sua divindade principal, a quem o povo servia, ainda que outras divindades fossem acrescentadas ao panteão religioso local [e nenhum desses ídolos fosse realmente o Deus todo-poderoso, Criador dos céus e da terra]. No entanto, Israel, que conhecia o Senhor cuja glória era o Senhor, desistiu de sua aliança com Ele para servir a um exército de divindades pagãs [ídolos mudos que não podiam salvar].

            2.12 — No tribunal divino, os céus ficam chocados ao testemunharem uma atitude sem precedentes. Ficaram horrorizados e desiludidos. Certamente, isso seria inconcebível, mas aconteceu!2.13 — O povo de Deus o deixara (Jr 1.16) e servira a divindades inúteis. Deus, o manancial de águas vivas, oferecia um suprimento ilimitado de sustento. Em vez disso, o povo escolheu cisternas rotas, inúteis para armazenar água e também para oferecer o sustento para a vida.2.14 — Israel não havia sido criado para ser um servo ou um escravo nascido em casa. No entanto, a nação que Deus havia libertado do cativeiro e da opressão havia se colocado em posição de servo, escravizada pela Assíria e pelo Egito.2.15 — Os assírios — os filhos de leão — assolaram Israel e Judá durante várias invasões entre 734 e 701 a.C.2.16 — O Egito forçou Judá a se tornar uma nação vassala.

             A pergunta retórica afirmativa aponta para a submissão voluntária e também forçada que Israel havia lançado sobre si mesmo como resultado de se esquecer do Senhor. Buscar soluções mundanas sempre leva consequências sérias àqueles que declaram fidelidade a Deus.

             Como resultado da apostasia vemos no vs 19 a colheita de amargura e aflição(19  A tua malícia te castigará, e as tuas apostasias te repreenderão; sabe, pois, e vê, que mal e quão amargo é deixares ao SENHOR teu Deus, e não teres em ti o meu temor, diz o Senhor DEUS dos Exércitos.).


            A deterioração espiritual assim como um câncer silenciosamente consume a saúde dos que se rebelam contra Jeová como podemos constatar no vs 20 (20  Quando eu já há muito quebrava o teu jugo, e rompia as tuas ataduras, dizias tu: Nunca mais transgredirei; contudo em todo o outeiro alto e debaixo de toda a árvore verde te andas encurvando e prostituindo-te.21  Eu mesmo te plantei como vide excelente, uma semente inteiramente fiel; como, pois, te tornaste para mim uma planta degenerada como vide estranha?). 2.20 — Israel havia quebrado seu jugo como um animal, embora o povo houvesse prometido permanecer fiel quando entrou na terra (Js 24.24). Em vez disso, a idolatria estava prevalecendo. Em todo outeiro alto e debaixo de toda árvore verde. O termo prostituir (ara) é uma descrição figurativa para falar da fidelidade a Deus, e, além disso, pode se referir ao ritual de prostituição dos cultos de fertilidade cananeus e fenícios.2.21 — Vide excelente refere-se aos vinhedos do vale de Soreque, que vão de Jerusalém até o Mediterrâneo, ao longo das porções cultiváveis mais ricas do país. Judá se tornou uma vinha estranha, fertilizada por deuses estrangeiros (Is 5).2.22 — A ilustração de uma mancha que não pode ser removida representa a profundidade do pecado de Judá. Sua iniquidade estava marcada de maneira indelével.


            2.31, 32 Uma noiva virgem dificilmente se esqueceria do sendal (manto ou veu), que servia como sinal de seu novo status social. No entanto, a noiva de Deus, Israel, esqueceu-se de seu adorno matrimonial, ou seja, o próprio Deus.2.33 — As malignas ensinaste os teus caminhos. Essa expressão indica que o povo de Judá havia-se tornado tão habilidoso em adulterar, que poderia ter ensinado às prostitutas os novos métodos de sedução.2.34,35.

              Israel seguiu em todas as direções, exceto de volta ao Senhor. Apelar para o Egito teria sido tão inútil quanto apelar para a Assíria anteriormente. Com as mãos sobre a tua cabeça. Esse era um gesto para indicar tristeza e remorso — nesse caso, a respeito da busca inútil de Israel.

CONVITE PARA UMA NOVA ALIANÇA
 
Jr 4:1-4
1  SE voltares, ó Israel, diz o SENHOR, volta para mim; e se tirares as tuas abominações de diante de mim, não andarás mais vagueando,2  E jurarás: Vive o SENHOR na verdade, no juízo e na justiça; e nele se bendirão as nações, e nele se gloriarão.3  Porque assim diz o SENHOR aos homens de Judá e a Jerusalém: Preparai para vós o campo de lavoura, e não semeeis entre espinhos.4  Circuncidai-vos ao SENHOR, e tirai os prepúcios do vosso coração, ó homens de Judá e habitantes de Jerusalém, para que o meu furor não venha a sair como fogo, e arda de modo que não haja quem o apague, por causa da malícia das vossas obras.

            O nosso Deus está pronto a perdoar e restaurar nossa terra, bem como, fazer conosco uma nova aliança desde que estejamos prontos para nos submeter aos seus princípios divinos.



4.1 — O termo abominações ou objetos detestáveis geralmente é usado em relação à idolatria no Antigo Testamento (Jr 7.30). Não andarás mais vagueando implica que Israel, arrependido, não se afastaria de sua fé em Deus.4.2 — Vive o Senhor. Essa expressão geralmente era utilizada em juramentos. Quando proclamada pelos fiéis à aliança, era um sinal de verdade, juízo e justiça. Esses três termos resumem as exigências ideais da aliança. São padrões pelos quais todo o povo, desde os reis até os escravos, seria e será julgado.Nele se bendirão. O resultado da justiça e da retidão de Israel teria consequências internacionais. Veja a promessa de Deus a Abraão, em Gn 12.1-3, dizendo que outras nações seriam abençoadas por intermédio de seus descendentes.4.3 — Campo de lavoura representa um solo ocioso, e não um campo preparado regularmente. Israel precisava de um novo campo no qual lançar as sementes da fidelidade, um afastamento radical do pecado e da idolatria.4 .4 — Circuncidai-vos. A circuncisão era o sinal da aliança entre Israel e Deus (Gn 17.10-14). A intenção de Deus era a de que esse símbolo externo servisse como sinal de uma realidade no íntimo de total devoção a Ele (Dt 10.12-21). Indignação. A advertência rigorosa de Jeremias a respeito do julgamento é apresentada como ilustração de um fogo inextinguível (12.3). Se o povo não se arrependesse da malícia, a destruição viria.



E AGORA? VOCÊ DECIDE!!
Autor: Mestrekamel


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