quarta-feira, 23 de agosto de 2017

A IGREJA PASSARÁ PELA GRANDE TRIBULAÇÃO?


Pré-Tribulacionismo, Pós-Tribulacionismoa e Meso-Tribulacionismo:

            São as diferentes posições acerca do Arrebatamento da Igreja, e dividem opiniões entre os cristãos, como praticamente todos os assuntos dentro da Escatologia Bíblica. Neste texto, veremos resumidamente cada uma destas visões, porém o mais importante nessa discussão é que Cristo voltará, e sobre isto, as três interpretações concordam, embora discordem da cronologia do evento.


Pré-Tribulacionismo

                Essa visão defende que a volta de Cristo se divide em duas etapas: secretamente para buscar a Igreja, e em glória, sendo visível a todos após o período de grande tribulação. É por conta desse arrebatamento secreto que essa posição é chamada de Pré-Tribulacionismo.

                No Pré-Tribulacionismo, geralmente existe uma completa distinção entre a Igreja e Israel. Os pré-tribulacionistas dizem que, basicamente, Jesus veio para os judeus, porém os judeus O rejeitaram, e, então, ele suspendeu temporariamente seus planos para Israel, e é aí que aparece a Igreja, como uma espécie de “parêntese” na história.

                O arrebatamento também é tema de discordância para alguns estudiosos que levantam questões da ocasião do arrebatamento em relação ao seu período (se o arrebatamento será: antes, depois ou dentro da Grande tribulação). Com isso criaram suas teorias sobre o assunto de uma forma errônea por não analisarem profundamente as Escrituras Sagradas. Duas das principais teorias vistas nos dias atuais são: a teoria mesotribulacionista e a pós-tribulacionista. Lembrando que são apenas teorias sem uma fundamentação bíblica contundente.

·      A Teoria do arrebatamento pós-tribulacionista (após a Grande Tribulação) - Diz que a igreja continuará na terra até a segunda vinda de Cristo, após a Grande tribulação, no final desta será levada às nuvens para encontrar o Senhor que veio pelos ares, vindo do céu no segundo advento, para retornar imediatamente com Ele. Ou seja, a Igreja passará por todo período da Grande tribulação. Reese defensor dessa teoria escreve: A igreja de Cristo não será retirada da terra até o segundo advento de Cristo, bem no final desta presente era: o arrebatamento e o aparecimento ocorrem no mesmo momento de transição; consequentemente, os cristãos desta geração serão expostos às aflições finais sob o anticristo.

                 Teoria do arrebatamento Mesotribulacionista - De acordo com essa interpretação, a igreja será arrebatada ao final da primeira metade (três anos e meio) da grande tribulação, com isso, ela suportará todos os acontecimentos dessa primeira metade.

                Mas de acordo com a veracidade bíblica veremos que o arrebatamento ocorrerá antes da grande tribulação. Logo após o arrebatamento, então, será derramado sobre a terra a ira de Deus. Deus não permitirá que seu povo passe pela ira que se abaterá naqueles dias.

                Para entendermos alguns dos motivos pelos quais a Igreja não passará pela grande tribulação é necessário entendermos a natureza e o caráter da Grande Tribulação.

                Existem várias palavras usadas no Antigo e no Novo Testamento em referência ao período da Grande Tribulação, as quais, quando examinadas em conjunto, oferecem a natureza essencial ou o caráter desse período:

1)   ira (Ap 6.16,17; 11.18; 14.19; 15.1,7; 16.1,19; l Ts 1.9,10; 5.9; Sf 1.15,18);
2)   julgamento (Ap 14.7; 15.4; 16.5-7; 19.2);
3)   indignação (Is 26.20,21; 34.1-3);
4)   castigo (Is 24.20,21);
5)   hora do julgamento (Ap 3.10);
6)   hora de angústia (Jr 30.7);
7)   destruição (Jl 1.15);
8)   trevas (Jl 2.2; Sf 1.14-18; Am 5.18).

                Então a natureza da Grande Tribulação claramente é demonstrada como "ira" e "julgamento" divino. Sabemos que nosso abençoado Senhor suportou a ira e o julgamento de Deus em nosso lugar; portanto, nós, que estamos Nele, "não seremos julgados".

                A antítese de 1 Tessalonicenses 5.9 é uma evidência conclusiva: “porque Deus não nos destinou para a ira, mas para alcançar a salvação mediante nosso Senhor Jesus Cristo”.

                Ira para outros, mas salvação para nós (Igreja) no arrebatamento, "quer vigiemos, quer durmamos" (v.10).
                Não há dúvida de que esse período testemunhará o derramamento da ira divina por toda a terra.

                Em Apocalipse 3.10 vemos: "Porque guardaste a palavra da minha perseverança, também eu te guardarei da hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para experimentar os que habitam sobre a terra".

                Vemos que esse período tem em vista "os que habitam sobre a terra", e não a igreja. A mesma expressão ocorre em Apocalipse 6.10; 11.10; 13.8,12,14; 14.6 e 17.8.

                A palavra "habitam" usada aqui (katoikeo) é forte. É usada para descrever a totalidade do Deus que habitava em Cristo (Cl 2.9); é usada para a moradia permanente de Cristo no coração do crente (Ef 3.17) e dos demônios retornando para obter posse absoluta de um homem (Mt 12.45; Lc 11.26). Ela deve ser diferenciada da palavra “oikeo”, que é o termo geral para "habitar", e de “paroikeo”, que tem a ideia de transitório, "visitar".

                O termo “katoikeo” inclui a ideia de permanência. Dessa maneira, o julgamento referido em Apocalipse 3.10 dirige-se aos habitantes da terra daquele dia, aos que se estabeleceram na terra como se fosse sua verdadeira casa, aos que se identificaram com o comércio e a religião da terra.

                Visto que esse período está relacionado com os "que habitam a terra", os que se estabeleceram em ocupação permanente, não pode ter nenhuma referência à igreja, que seria sujeita às mesmas experiências se estivesse aqui.

Outra expressão em Apocalipse 3.10 é: "Eu te guardarei da hora da provação".
                João usa a palavra “têreõ” (tereso) para o verbo guardar. Quando esse verbo é usado com a preposição “de” com “em”, significa "fazer com que alguém persevere ou se mantenha firme em algo"; quando usado com “ek” significa "fazer com que alguém fique em segurança escapando para fora de".
                Como “ek” é usado aqui, indica que João está prometendo à igreja o afastamento da esfera de teste, e não a preservação durante o teste. Isso é ainda mais concretizado pelo uso das palavras "da hora". Deus não está apenas guardando das provações, mas também da própria hora em que essas provações chegarão aos que habitam a terra.

                Desse modo gramaticalmente Apocalipse 3.10 pode significar "perfeita imunidade contra" e não "passando ilesa pelo mal". A gramática permite a interpretação de completa imunidade do período. Outros estudiosos dizem a mesma coisa da preposição “ek” (fora de, para longe de).
Similarmente lemos em 1 Tessalonicenses 1.10 que Jesus nos livra "da (ek) ira vindoura".

                Isso não pode significar proteção nela; isso deve significar isenção dela. Parece, então, perfeitamente claro que a preposição "de" pode significar completa isenção do que é previsto.

                No que diz respeito ao contexto, observa-se que a promessa não é meramente ser guardada da tentação, mas da hora da tentação, i.e., de um período como tal, não apenas das lutas durante o período. E, mais uma vez, porque um apóstolo escreveria “ek tes horas” (da hora), como fez, quando facilmente poderia ter escrito “en te hora” (na hora)? Certamente o Espírito de Deus o guiou na própria linguagem que empregou.



                Em 1 Tessalonicenses 5.9: "Porque Deus não nos destinou para a ira, mas para alcançar a salvação mediante nosso Senhor Jesus Cristo". O contraste nessa passagem é entre a luz e a escuridão, entre a ira e a salvação. 1 Tessalonicenses 5.2 mostra que essa ira e escuridão estão ligadas ao dia do Senhor.

                Uma comparação dessa passagem com Joel 2.2; Sofonias 1.14-18; Amós 5.18 descreverá a escuridão mencionada aqui como a escuridão da grande tribulação.

                Uma comparação com Apocalipse 6.17; 11.18; 14.10,19; 15.1,7; 16.1,19 descreverá a ira do dia do Senhor. Paulo ensina claramente no v. 9 que nossa expectativa e destino não são ira e escuridão, mas salvação, e o v. 10 mostra o método dessa salvação, a saber, para que "vivamos em união com ele".

                Em 1 Tessalonicenses 1.9,10. Uma vez mais Paulo indica claramente que nossa expectativa não é a ira, mas a revelação do "Seu Filho dos céus". Isso não poderia acontecer, a menos que o Filho fosse revelado antes de a ira da grande tribulação ser derramada na terra.

                Tudo isso nos mostra de forma clara e absoluta que a igreja não passara pela grande tribulação, antes, porém será arrebatada sendo assim liberta dessa grande ira que abaterá a terra.

                Todas as teorias como a pós-tribulacionista e mesotribulacionista não tem como sustentar com base bíblica suas afirmações. Deus não irá permitir que sua igreja seja julgada com o mundo, ela é a menina dos seus olhos, a sua noiva amada, e o maior desejo de Deus é se encontrar com ela e assim também esse é o maior desejo da noiva que se preze.

                Já que a igreja é o corpo, do qual Cristo é o cabeça (Ef 1.22; 5.23; Cl 1.18), a noiva de Cristo (1 Co 11.2; Ef 5.23), o objeto de Seu amor (Ef 5.25), os ramos dos quais Ele é a videira e a raiz (Jo 15.5), o edifício do qual Ele é a base e pedra angular (1 Co 3.9; Ef 2.19-22), existe entre o crente e o Senhor uma união e uma unidade. O crente não está mais separado d’Ele, mas é trazido para perto d’Ele. Se a igreja estiver na grande tribulação, estará sujeita à ira, ao julgamento e à indignação que caracterizam o período. Visto que a igreja foi aperfeiçoada e liberta de tal julgamento (Rm 8.1; Jo 5.24; l Jo 4.17), se ela fosse novamente sujeita a julgamento, as promessas de Deus não teriam efeito e a morte de Cristo seria ineficaz. Quem ousaria afirmar que a morte de Cristo falhou no cumprimento de seu propósito?

DISCERNINDO SOBBRE A ÉPOCA DO ARREBATAMENTO

O Dia de Cristo para a Igreja, o arrebatamento, a época da sua vinda:

                Lucas 12:54-56 – “Disse também às multidões: Quando vedes aparecer uma nuvem no poente, logo dizeis que vem chuva, e assim acontece; e, quando vedes soprar o vento sul, dizeis que haverá calor, e assim acontece. Hipócritas, sabeis interpretar o aspecto da terra e do céu e, entretanto, não sabeis discernir esta época?”

                Romanos 13:11 – “E digo isto a vós outros que conheceis o tempo: já é hora de vos despertardes do sono; porque a nossa salvação está, agora, mais perto do que quando no princípio cremos”.
                Ninguém pode marcar dia nem hora para a vinda do Senhor Jesus, pois Ele mesmo afirmou: “Mas a respeito daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus...” Mateus 24:36. Mas o próprio Jesus nos dá autoridade para discernimos a época (Lc 12:54-56). A Palavra de Deus fala que conheceríamos o tempo (Rm 13:11), ou seja, dia e hora não saberemos, mas a época, o tempo, a geração da sua vinda iríamos discernir (Mt 24:32-34).

                Mateus 24:32-34 – “Aprendei, pois, a parábola da figueira: quando já os seus ramos se renovam e as folhas brotam, sabeis que está próximo o verão. Assim também vós: quando virdes todas estas coisas, sabei que está próximo, às portas. Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que tudo isto aconteça”.

                A palavra profética proferida por Jesus em Mateus 24:32-34 nos assegura que vivemos na geração de sua vinda.

                “Aprendei a parábola da figueira...” – é uma parábola, ou seja, uma narração alegórica, uma comparação, para mostrar outras realidades de ordem superior.

A FIGUEIRA, representada na parábola, significa Israel.

                “...quando já os seus ramos se renovam e as folhas brotam...”. Em 70 d.C, os romanos destruíram Jerusalém e isso acarretou uma nova diáspora em Israel, obrigando os judeus a irem para outros países da Ásia Menor ou sul da Europa. Eles ficaram dispersos por quase 2 mil anos, sem pátria própria. A dispersão do povo judeu pelo mundo se tornou o cumprimento de várias profecias bíblicas: Jeremias 31:10 / Ezequiel 36:19 / Mateus 23:37-39 – “Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te foram enviados! Quantas vezes quis eu reunir os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das asas, e vós não o quisestes! Eis que a vossa casa vos ficará deserta. Declaro-vos, pois, que, desde agora, já não me vereis, até que venhais a dizer: Bendito o que vem em nome do Senhor!”

                Mais de seis milhões de judeus foram exterminados nos campos de concentração durante a Segunda Guerra Mundial. Isso impulsionou a reconstituição de um Estado próprio (a renovação dos ramos e o brotar das folhas - Mt 24:32) depois de quase 2 mil anos da saída dos judeus. A diáspora terminou em 1948, com a criação de Israel sobre a Palestina, ou seja, em maio 1948 com a criação do ESTADO DE ISRAEL a figueira brotou, Israel voltou a ser nação cumprindo-se a profecia bíblica. Ezequiel 36:24 / Ezequiel 37:21.

                Dessa forma, deu-se início a um novo período bíblico “...sabeis que está próximo o verão. Assim também vós: quando virdes todas estas coisas, sabei que está próximo, às portas. Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que tudo isto aconteça”. “Estamos às portas” para a vinda do Senhor e conforme a palavra de Deus: desta geração não passará sem que tudo isso aconteça. Nós vivemos sem dúvida nenhuma, a geração do arrebatamento da igreja.


Outro ponto importante para o arrebatamento encontra-se em II Tessalonicenses 2:1-3:

II Tessalonicenses 2:1-3 – “Irmãos, no que diz respeito à vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e à nossa reunião com ele, nós vos exortamos a que não vos demovais da vossa mente, com facilidade, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola, como se procedesse de nós, supondo tenha chegado o Dia do Senhor. Ninguém, de nenhum modo, vos engane, porque isto não acontecerá sem que primeiro venha à apostasia e seja revelado o homem da iniquidade, o filho da perdição”.

                Como o próprio texto diz no versículo 1, “IRMÃOS”, ou seja, para a igreja do Senhor, referindo-se ao momento em que Cristo se encontrará com sua igreja numa “REUNIÃO” nos “ARES” (1Ts 4:17).

                Observe que no versículo 3 o apóstolo Paulo destaca: “Ninguém, de nenhum modo, vos engane, porque isto não acontecerá...”. Isto o que? Refere-se a reunião de Cristo com os irmãos (Igreja) destacada no versículo 1, ou seja, a reunião que acontecerá nos ARES de acordo com 1 Tessalonicenses 4:17, o arrebatamento.

                O apostolo Paulo esta colocando que o arrebatamento da Igreja não acontecerá sem que primeiro venham dois fatores importantíssimos destacados no versículo 3: “... primeiro venha à apostasia e seja revelado o homem da iniquidade, o filho da perdição”. Outros dois grandes sinais para o arrebatamento da Igreja.

                É necessário que antes do arrebatamento, venha a APOSTASIA e a revelação do HOMEM DA INIQÜIDADE, O FILHO DA PERDIÇÃO, o anti-Cristo.

                Não temos dúvida que hoje já vivemos um período de intensa apostasia, porém temos que ficar de olho para algo que logo acontecerá, a revelação do anti-Cristo. Porém muita atenção, a palavra de Deus nos mostra que será apenas revelado o anti-Cristo, não espere o reinado deste. Essa revelação será para a igreja do Senhor apenas identificá-lo, ele não aparecerá ou será destacado como o anti-Cristo para o mundo, mas sim como uma grande autoridade mundial. Essa revelação ocorrerá de forma rápida e surpreendente e os que observam atentamente as profecias bíblicas irão discernir.

                A igreja tem que estar cheia do óleo para o arrebatamento, pois a revelação do anti-Cristo pode ocorrer a qualquer momento, o palco já está armado, será num abrir e fechar de olhos, e assim, estaremos para sempre com o Senhor.


OBSERVAÇÕES FINAIS:

Após o arrebatamento, porque a bíblia ainda se refere a escolhidos?
                Mateus 24:15-16:21-22. – são os judeus (remanescentes de Israel que serão salvos na vinda visível do Senhor), os 144 mil. Por causa deles os dias serão abreviados. Estes são os que venceram o anticristo.

Deus vai levar suas primícias no arrebatamento. Referências bíblicas:
1 Coríntios 15:20 / Tiago 1:16-18 / João 17:24 / Apocalipse 3:10-11 / João 17:14 / 1 Coríntios 15:50-52 / 2 Coríntios 5:1-4.

Teremos um corpo igual ao corpo de Cristo na glória.

                Filipenses 3:20-21- “Pois a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, o qual transformará o nosso corpo de humilhação, para ser igual ao corpo da sua glória, segundo a eficácia do poder que ele tem de até subordinar a si todas as coisas”.

Prepare-se, o Rei Jesus está voltando. Maranata!

“Não abandoneis, portanto, a vossa confiança; ela tem grande galardão. Com efeito, tendes necessidade de perseverança, para que, havendo feito a vontade de Deus, alcanceis a promessa. Porque, ainda dentro de pouco tempo, aquele que vem virá e não tardará; todavia, o meu justo viverá pela fé; e: Se retroceder, nele não se compraz a minha alma. Nós, porém, não somos dos que retrocedem para a perdição; somos, entretanto, da fé, para a conservação da alma. Hebreus 10:35-39


Autor: Mestrekamel

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