Estudo Textual: 1 Coríntios 2:1-16
Revelação pelo Espírito
A falta de unção nas ministrações nos púlpitos
das igrejas nada mais é do que reflexo de exacerbadas exegeses de conhecimentos
teológicos, hermenêuticos e pouca ou nenhuma intimidade com o Espirito Santo de
Deus.
Ao contrário do que alguns pseudos estudiosos
e pregadores da ultima hora da palavra de Deus têm enunciado em púlpitos e
mídias de que a ausência do Poder do Espirito Santo (Unção) nas ministrações é
um agravo da Igreja atual; deixo aqui baseado nas sagradas escrituras em especial
na 1ª epístola de Paulo aos coríntios no capitulo 2; minha humilde opinião de que
este mal já existia na Igreja primitiva:
“Eu
mesmo, irmãos, quando estive entre vocês, não fui com discurso eloquente nem
com muita sabedoria para lhes proclamar o mistério de Deus. Pois decidi nada
saber entre vocês, a não ser Jesus Cristo, e este, crucificado. E foi com fraqueza,
temor e com muito tremor que estive entre vocês. Minha mensagem e minha
pregação não consistiram de palavras persuasivas de sabedoria, mas consistiram
de demonstração do poder do Espírito, para que a fé que vocês têm não se
baseasse na sabedoria humana, mas no poder de Deus.1 Coríntios 2:1-5”.
Os coríntios exaltavam a sabedoria humana
(capítulo 1). Em contraste, Paulo demonstrava que tanto o meio de salvação que
Deus escolheu (a crucificação de Cristo 1:18-25) quanto o povo que Deus salvou
(1:26-31) contradizem a sabedoria humana. No capítulo 2, Paulo mostra que Deus
se revela somente através do Espírito; portanto, a sabedoria dos homens não
pode chegar a conhecer Deus nem a aprender sua vontade.
Métodos de ensino (2:1-5): Deus escolheu
uma mensagem simples que Paulo proclamou de modo direto. Ele não mostrou eloquência
retórica, mas simplesmente declarou Cristo e sua crucificação. Muitos líderes
religiosos até hoje procuram projetar uma imagem de ostentosa autoconfiança;
Paulo mostrou humildade, sentindo sua inadequação diante da tremenda tarefa de
proclamar a vontade do Senhor. Sua recusa a fascinar sua audiência com seu
próprio encanto e cultura deixaram a fé do povo repousando no Senhor e não nele
mesmo.
Sabedoria de Deus (2:6-13): De fato, a
salvação de Deus é sábia. Sua sabedoria, contudo, continua desconhecida pela
elite do mundo. Desde que a sabedoria de Deus não pode ser descoberta pelo
raciocínio humano, nenhum homem pode jamais chegar a entender a vontade de Deus
pelo seu próprio entendimento ou pesquisa. Ninguém pode saber o que estou
pensando a menos que eu lhe diga. Do mesmo modo, ninguém pode conhecer a mente
de Deus fora da revelação que Deus fez aos seus apóstolos através do Espírito.
Deus não revelou apenas o conteúdo geral de sua mensagem, mas deu as próprias
palavras da Escritura. Assim, podemos chegar a saber a vontade de Deus revelada
pelo Espírito quando lemos o que os apóstolos e os profetas escreveram no Novo
Testamento.
O homem separado da revelação (2:14-16):
Paulo contrasta o homem "natural" e o homem "espiritual". O
homem "natural" é o que não aceita a revelação de Deus, a Bíblia. Seu
horizonte é limitado pelas coisas da vida. Ele não pode conhecer Deus porque é
somente através da palavra de Deus que uma pessoa pode chegar a entender qual é
sua vontade. O homem "espiritual" ouve as Escrituras e confia no que
Deus revelou. Enquanto as pessoas mundanas consideram tolo o homem
"espiritual", isso não importa; afinal, foram os sábios deste mundo
que crucificaram o próprio Senhor da glória (2:8).
A auto revelação direta de Deus, impossível
de ser descoberta pelo engenho do homem, envergonha todas as tentativas de
exaltar a sabedoria humana.
Perguntas para estudo pessoal:
Qual era a maneira de Paulo pregar?
Por que Paulo não tentou impressionar o povo em sua pregação (2:5)?
Por que os homens não podem saber a vontade de Deus pelos seus próprios
sentimentos e intuição?
Qual é a diferença entre o homem "natural" e o homem
"espiritual"?
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