terça-feira, 18 de novembro de 2014

COMO ESPUMAS


COMO ESPUMAS


O amor que vira,
hoje, é ira...
Nem a força da minha lira
pode aplacar-lhe,
será que amor que virá
há de deter-lhe?
Terei o novamente
o prazer de amar,
ou como espumas
a beira do mar
hei de terminar;
Inerte como as rochas
que um dia foram mar...
Sentimentos: ódio,
rancor, mágoas e tristezas
estruturam minha fortaleza
a beira do mar.
a proteção indesejada
afasta inimigos, mas
amores também.
A margem outrora quente
agora faz gemer o cálcio
enfraquecido pela dor
da solidão que solidária
não se aparta de mim.
odeio a mim mesmo
por ainda te amar...
quisera morrer no mar
e em espuma me tornar...

 Autor: Mestrekamel

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